A falta de água para a população de Curitiba (PR), vem tomando dimensões alarmantes. A resposta dada pelo governo de Ratinho Jr. e determinados prefeitos, como de costume nos governos da direita, foi a de intensificar mais uma vez o racionamento sobre o consumo doméstico de água, ou seja responsabilizar o povo e cortar seu nível de consumo até onde tiver forças para tal.
Não fosse já essencial, em plena pandemia de Covid-19, a água vem a ser um material fundamental para manutenção das condições de higiene e portanto de prevenção da disseminação da doença num país já a deriva em termos de políticas públicas de saúde.
As medidas de intensificação foram anunciadas por Claudio Stabile, diretor-presidente da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) e Julio Gonchorosky, diretor de Meio Ambiente da Companhia. Segundo eles, o racionamento pode vir a ocorrer até quatro vezes por semana nas casas da Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
O sistema de racionamento já vem de longa data, com o começo em Março no caso de alguns bairros de Curitiba, que tem como prefeito Rafael Greca (DEM), justamente um dos primeiros meses onde a pandemia começou a ser anunciada no Brasil e se alastrar de forma expressiva. A medida depois foi intensificada e levada para mais 93 bairros de Curitiba e região no mês de Maio. O Conselho Popular do Boqueirão se pronunciou enviando uma carta à prefeitura de Curitiba demandando entre outras coisas que fosse normalizado o fornecimento de água na região.
Apesar da severa estiagem que assola Curitiba, o problema não é algo novo, mas algo recorrente na história da região, o problema é portanto plenamente passível de ser contornado e planejadas soluções. Culpar os fenômenos naturais não deve ser levada à sério pela população, e o governo deve ser pressionado para garantir o acesso à água.