O Rio de Janeiro alcançou o número de 23.151 óbitos e 371.376 casos de Covid-19. Como consequência, o sistema está dando sinais de colapsar: na fila, estão, 472 infectadas esperando um leito, dessas, 252 aguardam leitos em UTI, e não estão tendo o tratamento que necessitam.
Segundo o último informe sobre o sistema de saúde da cidade do Rio de Janeiro, não há mais leitos disponíveis em UTIs para pacientes com coronavírus. No total, a Prefeitura mantém 288 leitos para casos graves, e não nenhum deles disponível. Restam, entretanto, alguns pouquíssimos leitos em unidades do estado ou federais, mesmo assim, os números, computando esses, denotam o estrangulamento do sistema, a taxa de ocupação de leitos de UTI é de 92% e nos leitos de enfermaria, de 87%.
A população reage requerendo, na justiça, a obrigatoriedade do poder público fornecer leitos, e melhorar a assistência que tem disponibilizado através da rede pública. E o município responde com uma promessa de 170 leitos de enfermaria, 50 leitos de UTI, e a volta do hospital de campanha, o que não é para já, ou seja, muita gente vai morrer por falta de tratamento adequado.
Foi o caso de Dilma Miranda, de 61 anos, gravemente tomada pela Covid, e, sem leito de UTI, onde estava no Hospital Federal do Andaraí, na Zona Norte, morreu sem receber o tratamento adequado. Embora a filha tivesse recorrido à justiça e conseguido uma ordem para acolhê-la, não chegou a tempo.Segundo a filha, Dilma não aguentou e teve uma parada cardíaca antes de chegar na vaga conquistada.
Esse é o retrato de uma administração que não se preocupa com a saúde do povo, mesmo depois de já tanto tempo enfrentando a pandemia, a tendência deveria ser a melhora e não a piora. Devíamos ter, à medida que o tempo fosse passando, uma resposta cada vez mais precisa contra o avanço da pandemia, e, em hipótese alguma, a piora.
Seria coerente raciocinar assim, não fosse o conhecimento de perto que temos tido da política fascista à frente dessa tarefa, e que, longe de se preocupar com a população e de como o sistema de saúde vai ter que trabalhar para assistir a todos, ela priorizou o desejo pelo lucro dos capitalistas, abrindo a economia, jogando o povo na rua, nas escolas, nos bares, nos campos de futebol, e para todo lado, para consumir e gastar dinheiro enchendo os bolsos desses sanguinários, e deixando de lado os preparativos, tais como hospitais e leitos que hoje acabou faltando, medicamentos, laboratórios e testes para todos, e etc. A consequência foi a piora do que já estava muito ruim. Houve mais disseminação e morte, e continua a ter. A falta de investimento na saúde está fazendo com que as pessoas morram nos hospitais, nas filas de espera de um leito. E essa política precisa acabar.
Gente que financiou o golpe de Estado no Brasil, a burguesia, que colocou Crivella e Witzel no Rio, e agora Eduardo Paes, tanto fez que acabaram conseguindo, como em muitas cidades do Brasil, também no Rio, sucatear o SUS, objetivando a sua privatização e a entrega ao mercado, colocando os interesses da população de lado, e deixando ela à sua própria sorte: que quer dizer abandonada para morrer.
A alternativa do povo está na luta por essas condições. A luta por hospitais, testes, leitos, UTIs, além de profissionais para que o trabalho seja realizado, etc. Mas, para que isso ocorra, deve-se reunir em comitês de bairros, e se organizar para confrontar o poder público, e mostrar que unidos, podemos conseguir a assistência necessária para que já nos bairro, o combate à pandemia seja feito, com álcool em gel para todos, máscaras, água limpa para quem não tem, e tudo o mais necessário para controle da doença.
Contudo, uma política como essa, onde não interessa o lucro e sim as pessoas, não tem consonância com a direita que conduz a cidade. Dessa forma, o povo precisa derrotar a administração genocida e derrubá-la, pois só assim, vamos conseguir salvar a nossa pele.