Mostrando que seu governo é a continuidade e aprofundamento do governo golpista de Michel Temer, Jair Bolsonaro anunciou por meio do seu maior “cabo eleitoral” (Sérgio Moro), que assegurou a condenação e prisão de Lula, sem provas, que o ex-comandante de missões da ONU no Haiti e na África,  general Santos Cruz retornará ao posto que ocupou por mais de um ano durante o governo atual.

O general Santos Cruz vai chefiar a Secretaria Nacional de Segurança Pública a partir do ano que vem.

Defensor da ditadura militar e do golpe militar, como toda a cúpula militar atual e nomeada para o futuro governo, o general  esteve à frente da Secretaria no momento das decisões que levaram à intervenção militar no Rio de Janeiro, apontada por alguns dos seus comandantes como um “laboratório” para uma intervenção militar, ou seja, um golpe militar, em todo o País.

A nomeação confirma que o governo está montando um aparato de perseguição política que tem a frente, no ministério da Justiça, o juiz responsável pela criminosa operação Lava Jato, que condenou e mantém como preso político o ex-presidente Lula e que defende a ação contra as organizações da esquerda e de defesas dos trabalhadores.

Setores da esquerda burguesa e pequeno burguesa, como os governadores do Nordeste, Haddad, Ciro Gomes, Marcelo Freixo etc. defendem uma aliança com setores golpistas e a colaboração com o governo ilegítimo de Bolsonaro. É preciso fazer o oposto: organizar o movimento popular e operário, de maneira independente da burguesia, para, com a força dos trabalhadores, derrotar o aparato de repressão e o golpe em seu conjunto.