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Campanha golpista

Golpistas estão atrasando aprovação da Sputnik V no Brasil

Apesar de melhor e mais eficiente, a vacina russa Sputnik V tem sua aprovação demorada no Brasil e sofre com uma grande campanha de ataques do imperialismo.

Na quarta-feira dia 03/02 em reportagem veiculada pela Folha de São Paulo, Kirill Dmitriev, o diretor do fundo russo que administra a vacina Sputnik V, foi entrevistado para esclarecer os impasses que estão se desenvolvendo em torno da aprovação da vacina no Brasil. O diretor afirma que “é preciso dizer que os 15 países que já registraram a Sputnik V, a vacina, e –hoje o México e a Nicarágua fizeram isso –também têm empresas reguladoras avançadas”, ou seja, não há motivos técnicos para que se atrase a aprovação do medicamento.

A vacina russa Sputinik V que foi anunciada em agosto e teve seu pedido para uso emergencial feito em Outubro ainda aguarda aprovação da Anvisa, órgão regulador brasileiro responsável pela aprovação de fármacos. Porém, as demais vacinas que procuraram a agência para sua utilização tiveram seu uso permitido com celeridade, à exemplo da vacina de Oxford e da vacina produzida pelo Butantã. O mesmo não aconteceu com a vacina da empresa russa Gamaleya.

Ao mesmo tempo em que foi anunciada, também iniciou-se uma campanha na imprensa capitalista em todos os lugares, seguida aqui no Brasil pela imprensa golpista, para difamar a vacina russa. “Em agosto do ano passado, fizemos a primeira declaração sobre a eficiência dela. E a gente viu muitas tentativas de se provar o contrário.”, como relembra Kirill. Sendo que, por mais que todas as vacinas tenham sido feitas com eventual rapidez, somente a vacina russa foi questionada, mesmo com ausência de indícios contrários a sua eficácia ou segurança, o que não acontece, por exemplo, com as vacinas já aprovadas no Brasil.

A rapidez para a vacina russa é proveniente de estudos passados com o betacoronavírus MERS, um “parente próximo” que causou surtos no oriente médio e na África a alguns anos. Seu princípio de ação imunológica também já estava pré-estabelecido, e portanto, ao primeiro sinal de que seria possível fazer uma vacina seu desenvolvimento foi iniciado e gerou uma vacina rápida, eficiente e barata, passando por um processo de testes e aprovação sanitária ágeis, algo muito distante das concorrentes imperialistas.

Na entrevista, quando perguntado se há temor de interferência política no processo de aprovação, embora tenha respondido não à pergunta, Kirill Dmitriev diz que “Consideramos que o governo brasileiro entende que é preciso ter um portfólio de várias vacinas disponíveis… Então fica difícil eu analisar a parte política.” A declaração reforça o fato de que o entrave existe, mas não parte diretamente do governo federal. Obviamente os impasses estão sendo causados pela direita golpista que, historicamente, possui o controle de estados, municípios e dos aparelhos do estado brasileiro, como a Anvisa.

Sobre a segurança da vacina, o responsável afirmou que “…a Rússia, entre outros países, não iria aplicar essa vacina em milhões de pessoas se não tivesse certeza de que ela é segura e eficiente.” A afirmação é razoável e contrasta com a política levada para direita golpista que defende a aplicação de vacinas com indícios de periculosidade e até letalidade reforçada pela colocação seguinte que explica como funciona a vacina na prática.

“…Ela está baseada no adenovírus humano, que é o vírus do resfriado comum. É diferente de outras vacinas que usam adenovírus de macacos e outros tipos de vírus que não foram estudados a longo prazo, o suficiente. O adenovírus humano tem décadas de estudo e é por assim dizer a plataforma mais segura” Neste ponto, há um indício que a vacina seja mais segura do que suas concorrentes e que a população, que é até mesmo obrigada a se vacinar, pode estar correndo riscos a longo prazo com a exposição às demais vacinas.

Além de falar da eficácia e da segurança da vacina, Kirill também constatou que a vacina é mais barata que suas concorrentes e que por isso é amais acessível, especialmente para os países subdesenvolvidos como o Brasil. “É uma das vacinas mais acessíveis. Custa menos de US$ 10 [a dose]”. Relatou também a intenção de fornecer o medicamento para outros países, em especial os países da América Latina, o que é provável graças ao seu baixo custo e fácil manutenção.

O diretor também se pronunciou sobre o mais recente impasse com a Anvisa que diz respeito à temperatura para manutenção da vacina. O questionamento da agência reguladora brasileira se trata da discordância entre dados de temperatura para manutenção da vacina, que usualmente é entre dois e oito graus. “Essa temperatura se refere à forma líquida da vacina… Se eles acham que são duas vacinas diferentes, é errado pensar isso. A gente gostaria de fazer um apelo à Anvisa para consultar a nossa parceira, a União Química, para outras tantas perguntas [que surgirem]”, disse de forma diplomática.

A entrevista contou com perguntas à respeito da campanha contra a vacina russa na imprensa capitalista internacional, como por exemplo, o El pais, que publicou os primeiros ataques contra a vacina. “Consideramos que há uma concorrência desleal por trás disso e que os ataques foram inclusive orquestrados por empresas e pessoas que não querem que a Rússia seja bem sucedida e que a vacina dela seja bem sucedida” É preciso esclarecer que a origem dos ataques são os monopólios e governos imperialistas, os mesmos por trás de todos os demais ataques contra os países oprimidos, como a Rússia e o Brasil.

Ao ser perguntado se era conhecida a origem dos ataques, ele disse: “Sim, nós sabemos [ri]. Mas não podemos revelar aqui, não.”, o que demonstra que realmente é clara a perseguição política internacional contra a Rússia e a sua tecnologia.

Por fim, quando perguntado sobre a disponibilidade da vacina respondeu que “… a gente não vai forçar essa questão de estar no Brasil. A gente quer que o Brasil nos peça, nos solicite, dizendo que, sim, eles precisam da gente. Se o Brasil não precisa da gente, temos muitos outros países onde podemos fornecer e que precisam da nossa vacina.”. A resposta explicita a necessidade que o país tem da vacina frente as mais de 200mil mortes oriundas da política genocída dos golpistas que, ainda por cima, tentam impedir que outras vacinas melhores e mais acessíveis cheguem ao Brasil.

A campanha contra a vacina russa continua embora tenham sido divulgados dados relatando eficácia superior à 90%, o que é muito mais que os 50% da vacina Coronavac. No Brasil, os principais expoentes da campanha contra a vacina russa são os golpistas que, com o controle do monopólio da imprensa, procuram questionar os dados fornecidos pela Rússia sem nenhum motivo técnico. É preciso ressaltar que no caso da vacina brasileira, vital para campanha eleitoral antecipada de Doria, não houveram questionamentos. A imprensa rebateu ao seu modo todos os possíveis questionamentos à vacina.

No fim não é ciência de Doria, é pura politicagem.

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