O CADE (Conselho de Administração de Defesa Econômica), que devido ao golpe está nas mãos do Imperialismo, aprovou no início de dezembro desse ano a criação de uma nova empresa de transporte de cargas no país. Uma empresa de joint venture no setor de logística, ou seja a criação de uma nova empresa de transporte de cargas, através da “sociedade” entre Azul Linhas Aéreas e a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos).
No entanto, a “sociedade” entre Azul Carga e a ECT é a típica associação que só acontece em países atrasados, aonde a maior empresa que é nacional, fica em desiguladade diante da empresa imperialista, no caso a Azul que movimenta 30 mil toneladas de cargas por ano, terá maior poder na associação, com 50,1% de participação, e a ECT, que movimenta 70 mil toneladas de cargas por ano, está em desvantagem na associação, ficando 49,9% da participação da joint venture.
Então como explicar que a direção golpista da ECT aceitou firmar uma associação com a Azul, em que ela ,mesmo sendo minoritária no setor de cargas, será majoritária na associação?
A questão é simples, a Azul é uma empresa do capitalismo americano, dos donos do golpe no Brasil, os Estados Unidos da América, que financiaram a derrubada do governo do PT no Brasil, justamente para colocar no governo brasileiro, pessoas vendidas e capachos dos interesses dos grandes capitalistas internacionais no país, que é o de roubar as riquezas daqui.
Essa sociedade atua no setor mais lucrativo das atividades dos Correios que é o de encomendas, que durante o governo do PT foi estudado a possibilidade da criação de uma empresa de viação aérea do próprio Correio, para transportar essa fortuna em cargas.
No entanto, com o golpe de Estado, todos os projetos do governo do PT para fortalecer a econômia nacional, e as estatais, foram substituidas pela entrada de empresas internacionais.
A Azul é uma empresa de origem americana, como também é a Fedex, tubarão do mercado de encomendas, e que luta no país pela privatização dos Correios, para abocanhar o setor de encomendas no país.
O que chama muita atenção nessa operação é que a Fedex, principal concorrente dos Correios no país, não objetou contra essa associação da Azuil com os Correios, o que na lógica levará a essa joint venture se transformar na gigante do mercado, pois as duas juntas movimentará nada menos do que 100 mil toneladas de cargas por ano.
Na lógica essa nova empresa vai quebrar as intenções monopolistas da Fedex, a não ser que a Azul seja uma “parceira” da Fedex, que na verdade é o único sentido para que os golpistas queiram tanto essa nova empresa.
É necessário mobilizar os trabalhadores dos Correios contra os golpistas, através de formação de comitês de luta contra o golpe, e levar a classe operária e os movimentos sociais se colocar pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas, contra a privatização dos Correios.