A Odebrecht pediu recuperação judicial. A Justiça aprovou o pedido para a negociação de dívidas de um total de R$ 51 bilhões, embora o total de dívidas chegue a R$ 98,5 bilhões. A falência da empresa é um produto direto do golpe de Estado e mais especificamente da ação fraudulenta da operação Lava Jato.
A operação controlada pelos norte-americanos tinha como objetivo político central o golpe de Estado e a prisão de Lula, mas também foi essencial para o desmantelamento de boa parte da economia nacional. O imperialismo norte-americano infiltrou Sérgio Moro e companhia para que, através do Judiciário, colocasse em marcha um processo de desmantelamento da concorrência econômica que parte das empresas brasileiras representavam internacionalmente. A Odebrecht era a principal delas.
É preciso denunciar esse processo, deixando claro quem está por rás da falência da empresa. Mas os trabalhadores precisam de uma política própria para o caso. A burguesia nacional mostrou-se completamente incapaz de enfrentar a ofensiva imperialista, tanto politicamente como economicamente. Diante disso, é preciso exigir que a empreiteira seja imediatamente estatizada, colocada sob a administração dos milhares de trabalhadores que perderam o emprego graças à falência produzida pelos golpistas.
O Estado não tem que distribuir o dinheiro para os capitalistas da Odebrecht que no final das contas levarão novamente a empresa à falência e à demissão de milhares de trabalhadores. Diante da falência da empresa, é preciso estatizar, é preciso expropriar a empresa, sob controle dos trabalhadores. Essa é a única alternativa real à ofensiva imperialista.