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Ditadura

Golpista Doria, o araponga de São Paulo

O governo Dória (PSDB) não tem qualquer interesse em proteger as pessoas da crise, mas sim aumentar o controle sobre os trabalhadores para defender os grandes capitalistas

O Brasil foi “atingido em cheio pela tsunami da crise sanitária, econômica e social” que abalam todo o mundo capitalista. Apesar do enorme esforço da imprensa capitalista para “jogar uma nuvem de fumaça sobre o problema”, é notório que o combustível principal dessa crise é a política comum dos governos capitalistas em todo mundo de destruição dos sistemas públicos de saúde, da enorme fraqueza da economia mundial financeirizada e ainda os cortes nas verbas para o desenvolvimento científico (como as pesquisas que poderiam desenvolver uma vacina para conter o Covid – 19 etc).

As medidas adotadas para enfrentar essa grave crise pelo conjunto do regime político brasileiro se mostraram totalmente ineficientes. Mesmo com a política oficial de subnotificar os casos de óbito como resultado da infecção do Covid-19, há uma escalada no número de mortes e o Brasil caminha para um quadro gravíssimo da crise sanitária. Em relação ao número de infectados não há qualquer tipo de controle, uma vez que não existem testes sequer para os casos graves da doença e muitos menos para casos suspeitos.

Além disso, são dezenas de milhões de brasileiros passando fome ou com extrema dificuldade para se manter durante  a paralisação parcial da economia brasileira. Praticamente não foi feito nada tanto pelo governo Bolsonaro, como pelos governos estaduais e municipais, para atender as necessidades dos trabalhadores que se encontram em situação de miséria e desespero. O recém anunciado auxílio de R$600,00 não chegará para a maioria dos afetados pela crise e mesmo para aqueles que receberem, o problema estará longe de ser resolvido, uma vez que a quantia não chega nem perto do necessário. As empresas e os próprios governos demitem a toque de caixa, ao invés proibirem as demissões, medida elementar para proteger as pessoas de maior vulnerabilidade econômica.

A única medida adotada e propagandeada de forma demagógica, como se fosse a solução de todos os problemas, é o chamado confinamento social. Algo que adia a aceleração da contaminação para uma parcela da população que pode ficar em casa. Sem apoio do Estado, boa parte da população simplesmente precisa sair para “ganhar o pão de cada dia” ou mesmo continua trabalhando normalmente e sem qualquer tipo de proteção como é o caso dos trabalhadores dos correios e dos transportes.

Em meio à esse caos, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), aproveita a crise para implementar oficialmente um verdadeiro sistema de espionagem contra a população. O governo e seu aparato burocrático usam os dados dos celulares que mostram o deslocamento de grupos de pessoas para monitorar se a população está cumprindo as medidas de isolamento social para conter o novo coronavírus.

“Não é GPS. Na verdade, a tecnologia funciona pelas antenas de celular, onde ela localiza, pela triangulação dessas antenas, exatamente onde você está num raio de 200 metros”, explicou Alessandro Santiago dos Santos, pesquisador do IPT (Instituto de Pesquisa Tecnológica – USP). Os dados são fornecidos por uma empresa operadora de celular, que não teve o nome divulgado.

Tal medida trata-se de uma clara violação dos mínimos direitos democráticos das pessoas. Governos que não agem para proteger as pessoas diante da crise, pelo contrário, retiram direitos dos trabalhadores e demitem enquanto entregam o patrimônio público para os bancos e grandes empresas, aproveitam para invadir de forma oficial a privacidade das pessoas. Assim como em períodos de guerra ou da suposta “luta contra o terrorismo” dos países imperialistas tais medidas foram utilizadas em massa sob uma suposta justificativa nobre, quando na verdade aproveitaram para realizar espionagem industrial contra empresas concorrentes e espionagem política contra o cidadão comum. Trata-se de um velho truque da burguesia: apresentar uma causa nobre para passar por cima dos direitos democráticos, medidas essas que servirão para controlar e oprimir ainda mais os trabalhadores em todo mundo.

No Brasil já se tornou comum os relatos por parte do alto escalão do governo federal e das forças armadas a possibilidade da decretação de um “estado de sítio” abrindo caminho para um golpe militar no país. A maior preocupação por parte da burguesia evidentemente não é proteger as pessoas, mas reprimir a onda de revoltas que poderão ocorrer e inclusive afogar em sangue, caso seja necessário.

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