O Brasil ocupa o 53º lugar no índice de educação, entre 65 países avaliados (PISA). Mesmo com o programa social que incentivou a matrícula de 98% de crianças entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças ainda estão fora da escola (IBGE).
O analfabetismo funcional de pessoas entre 15 e 64 anos foi registrado em 28% no ano de 2009 (IBOPE); 34% dos alunos que chegam ao 5º ano de escolarização ainda não conseguem ler (Todos pela Educação); 20% dos jovens que concluem o ensino fundamental, e que moram nas grandes cidades, não dominam o uso da leitura e da escrita (Todos pela Educação).
A depender dos golpistas e de Bolsonaro, não só não haverá nenhum esforço e investimento, como as parcas conquistas na área irão retroceder. O Plano Nacional de Educação, por exemplo, aprovado em 2014, cujo objetivo é dar uma resposta, ainda que tímida, aos imensos problemas educacionais do País, e que determina diretrizes, metas e estratégias para a política educacional para os próximos 10 anos, está, na prática, totalmente anulado.
Com a chamada “política de austeridade” (entrega dos recursos nacionais para o imperialismo, atacando os direitos dos trabalhadores), o Plano esvaziou-se por completo, dois dos elementos fundamentais para sua aplicação eram o aumento do PIB nacional destinado à educação, de 5% para 10%, e o custo aluno/qualidade, que visava investir por aluno um valor que possibilite que se cumpra o previsto em lei. A emenda 95 eliminou a base material que possibilitaria uma avanço educacional , tornando o PNE uma mera carta de intenções.
Os princípios “democráticos” e “republicanos”, onde se assentam as bases do Plano, vêm sendo atacados sistematicamente pela direita golpistas, a perseguição a professores, a “escola sem partido” (escola com fascismo), tentam eliminar a discussão política e democrática do âmbito escolar. Na verdade, percebe-se que aqueles princípios não passam de um engodo e uma demagogia, há mais de um século não existem mais – se é que no Brasil já existiram, como uma política da burguesia.
Os cortes de gastos nas esferas municipais e estaduais vem fechando salas de aula, inviabilizando o acesso ao ensino. O caso do EJA é um exemplo, muitas salas de Educação de Jovens e Adultos já foram fechadas em todo o país, com a cínica alegação de falta de procura. A situação econômica nacional é também o ingrediente importante para esta sopa amarga, na medida em que a população empobrece, menos condições têm para se dedicar à educação formal.
O país sob os golpistas ficará sem nenhum plano educacional, sem nenhuma perspectiva de desenvolvimento da educação pública, elemento importante para o desenvolvimento econômico e social. A educação do povo para os golpistas é gasto que deve ser eliminado e os recursos destinados aos banqueiros e grandes capitalistas internacionais, deixando para o povo apenas a ignorância e a miséria.