O golpe na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), que desde o semestre anterior vem sendo denunciado pelos estudantes se consolidou na última terça-feira (17) no calar da noite. Em um decreto feito as escuras, o presidente ilegítimo Jair Bolsonaro, nomeou Luiz Fernando dos Santos Anjo como reitor da UFTM, assim retirando Ana Lúcia de Assís Simões do cargo de reitora pro tempore como havia sido definido pelo Ministério da Educação (MEC).
Ambos citados anteriormente, compuseram a Chapa 1 “União e Confiança” sendo Ana Lúcia a concorrente a reitoria e Luiz Fernando à vice. Seguindo todos os ritos que se pede, as eleições foram realizadas na Universidade e a chapa vencedora fora a Chapa 2 “A UFTM Que Queremos Ser “, composta por Fábio da Fonseca e Patrícia Vieira. Fabio venceu a consulta informal a comunidade, e logo em seguida se realizou a formação da lista tríplice para que se fizesse a votação através da instância máxima da UFTM, o Conselho Universitário (Consu).
Nesse momento, Luiz Fernando foi incluso na lista tríplice, feita a votação, novamente a Chapa 2 foi a vencedora, a partir de então se iniciou um processo de perseguição e alegação de fraude contra a chapa vencedora, a chapa 1 demonstrou seu total alinhamento ao governo golpista ao recorrer ao MEC que prontamente decretou Ana Lúcia como reitora pro tempore, deixando assim o golpe totalmente escancarado.
O fato não somente demonstra o ataque a autonomia universitária, como também o alinhamento político das forças que compõe a chapa 1 junto regime vigente, em destaque ao governo fraudulento de Bolsonaro, que é o responsável pela atual nomeação. Além disso, está colocado que essa política representa uma alçada dos golpistas contra as universidades públicas do país, sendo este mecanismo também um meio de exercer controle dentro da comunidade acadêmica e acabar com a universidade tal qual ela é hoje.
Nesse sentido, o sinal de alerta foi aceso, a UFTM não é a primeira universidade que sofreu com esse ataque no último período, pelo menos mais duas outras sofrem o mesmo processo e casos até piores, onde podemos colocar como uma verdadeira intervenção. Por isso, é preciso convocar uma imediata mobilização do corpo estudantil e botar para fora todos os golpistas e garantir o processo democrático e autonômico da universidade.