A tentativa de golpe de estado na Nicarágua continua. A ofensiva faz parte da evolução da crise política internacional, e da campanha de golpes promovidos pelo imperialismo contra os presidentes nacionalistas não alinhados com a política entreguista das riquezas nacionais aos grandes vampiros capitalistas, os grandes monopólios internacionais.
A crise no Nicarágua é oriunda de uma pressão estabelecida pela direita. O presidente do país, o antigo líder revolucionário, Daniel Ortega, foi pressionado pelo FMI para aprovar uma Reforma da Previdência, ao que ele acabou cedendo. Depois, o imperialismo se utilizou desta crise para patrocinar uma série de protestos com objetivo de dar um golpe e derrubar o governo – o pretexto seria a reforma de previdência.
Trata-se de uma velha tática da direita, que foi usada inclusive contra Dilma Rousseff. Pressionam um governo de esquerda para aprovar medidas direitistas, dessa forma fragilizam o governo, e levam adiante um verdadeiro processo golpista.
A esquerda entretanto não pode cair no truque. Se Ortega foi pressionado para levar adiante a reforma da previdência, podemos ter certeza que a política daqueles que o imperialismo quer colocar no poder é ainda pior. É preciso denunciar o golpe de Estado na Nicarágua. Caso contrário, o que irá acontecer será uma repetição do Brasil, em que parte da esquerda não quis se mobilizar contra o golpe por conta da política de ajustes da Dilma, e acabaram facilitando o processo golpista que está devastando o país.