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“#elenão” é “Alckmin sim”

Depois de impor a fraude das eleições, com a prisão ilegal e política do ex-presidente Lula e garantir a cassação de sua candidatura em afronta à Constituição Federal, a direita golpista colocou em marcha, nos últimos dias, a segunda parte de seu plano para buscar garantir que as eleições dêem alguma aparente legitimidade a um novo governo golpista, que leve adiante os brutais planos de ataque à maioria do povo brasileiro e à economia nacional, em favor dos interesses do imperialismo norte-americano, os donos do golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff e encarcerou Lula.

Como em toda a campanha da direita, os seu objetivos não são apresentados de forma explícita, com o que não conseguiriam um certo apoio popular e, principalmente, de setores da esquerda pequeno burguesa. Assim, por exemplo, quando colocaram em marcha o golpe de estado que culminou com a derrubada do governo eleito por 54,5 milhões de pessoas, em 2014, não convocaram atos em todo o País a favor de um governo do MDB-PSDB-DEM, o que não despertaria nenhuma simpatia, mas organizaram um campanha “contra a corrupção”, na qual os maiores corruptos do País e inimigos do povo, derrotados nas eleições etc. se juntaram com setores da esquerda para defender supostamente o combate ao PT, “o partido mais corrupto da historia do País”e apoiar a criminosa operação lava-jato.

Da mesma forma, essa direita – depois de derrotar a realização de eleições diretas no corrupto congresso nacional em 1984 – não convocou o povo para apoiar a eleição de um elemento de confiança da ditadura militar que havia presidido o partido querido dos milicos por vários anos. Tratou de pedir apoio popular para derrotar o candidato oficial do partido da ditadura, Paulo Maluf e conseguiu que boa parte da esquerda (PC’s, setores do PT etc.) apoiassem a capa Tancredo-Sarney, no Colégio Eleitoral da ditadura, que acabou levando ao governo justamente o ex-presidente do PDS, José Sarney.

Maluf prestou relevantes serviços à direita neoliberal em mais de uma oportunidade. Como no caso das eleições para o governo de São Paulo, em 1998, quando após vencer as eleições no primeiro turno com uma diferença de mais de 1,5 milhão de votos em relação ao segundo colocado, Mário Covas (PSDB), foi derrotado em torno da campanha que era preciso evitar o “mal maior”; o que uniu setores da esquerda em torno do partido que – graças a estes e outras manobras – conseguiu se manter à frente do mais rico Estado do País, por mais de duas décadas, impondo privatizações, cortes nos gastos públicos, destruição da Educação e Saúde etc.

Trata-se, agora, da operação para buscar classificar para o segundo turno seu candidato predileto, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

O “novo” truque da direita é convocar a “santa cruzada” contra o candidato espantalho, Jair Bolsonaro, por meio da campanha “#elenão”, que busca claramente semear a ilusão de que o maior de todos os males a ser derrotado nas eleições é o candidato do minúsculo PSL, defensor do golpe militar, que ameaçou metralhar petistas, moradores da Comunidade da Rocinha e apresenta-se como inimigo dos direitos dos gays, das mulheres, dos negros etc. Par desta empreitada estão sendo, mais uma vez, convocados os “cavalheiros” da esquerda pequeno burguesa que apoiaram a lava-jato, que defenderam o “plano B” contra Lula.

Por detrás de toda essa operação, e já se colocando sob os holofotes estão destacadas lideranças reais do golpe de estado como o ex-presidente tucano, FHC, que divulgou carta clamando pela unidade do centro.

A esquerda parece não querer ver e se recusa a aprender com história recente. O que temos aqui não é mais do que a velha operação de usar o “espantalho” Bolsonaro, para forçar uma unidade que favoreça o candidato do golpe de estado, com larga experiência em todo tipo de ataque contra os interesses populares, apoiado – de fato – pelo governo Temer, pela imprensa burguesa, pela maioria do congresso nacional e judiciário golpistas, Geraldo Alckmin.

Depois de capitular diante do judiciário e das ameaças golpistas do militares contra a candidatura de Lula, um parcela da esquerda prepara-se para embarcar no barco do inimigo, pela via da “luta” contra o “mal maior”. Como parte dessa enorme armação ou iludidos por supostos lucros eleitorais que a situação traria para a esquerda, alguns dirigentes do próprio PT, já se apressaram em dizer, inclusive, que votariam em Alckmin em um eventual segundo turno contra Bolsobaro.

É preciso denunciar a armação da direita, esclarecer amplas parcelas confusas dos trabalhadores e da juventude, com a confusão que se busca criar. Colocar-se contra a fraude as eleições sem Lula e buscar rearmar o movimento de luta dos explorados contra o golpe, nos comitês e nas demais organizações de luta, contra a brutal ofensiva que se prepara para depois das eleições.

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