Um dos resultados do Golpe de Estado de 2016 é o aumento do número de trabalhadores e trabalhadoras submetidos ao trabalho escravo. Tanto o presidente golpista Michel Temer (MDB) quanto Bolsonaro (PSL) buscaram descaracterizar a noção de trabalho escravo e desmontar os mecanismos – já frágeis – de fiscalização deste crime. A bancada ruralista, núcleo de apoio aos governos golpistas, sempre foi contra todas as formas de fiscalização e de caracterização e punição do trabalho escravo nas fazendas do país.
Na cidade de Passos Maia, localizada no Oeste de Santa Catarina, o Grupo de Fiscalização Móvel resgatou, em uma ação ocorrida entre os dias 10 a 19 de Setembro, cinco trabalhadores que estavam submetidos ao trabalho escravo em na fazenda São Marcos III. Foram encontrados também 12 sem carteira assinada e um menor de idade que operava uma motosserra.
Alguns trabalhadores tinham que fazer suas necessidades no mato. O alojamento era precário e tinha risco de incêndio pelas más condições de instalação elétrica e tinha um fogão no mesmo cômodo onde funcionava o dormitório. Nem sequer havia uma refeitório para os trabalhadores.
Em 2018, conforme dados da assessoria de comunicação da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, foram resgatados 1.154 trabalhadores submetidos à escravidão no país e 61 no Estado de Santa Catarina