Da redação – Milhares de pessoas atravessaram a fronteira entre a Guatemala e o México no domingo (21), em uma marcha rumo aos EUA, onde acreditam que poderão ter uma vida melhor. A maioria dessas pessoas são de Honduras. É uma atitude desesperada diante das condições de vida no país, que só se deterioraram desde 2009.
A onda de golpes de direita na América Latina começou em Honduras. Em 2009, a direita guiada pelo imperialismo derrubou Manuel Zelaya em um golpe militar. Era o primeiro governo nacionalista burguês derrubado pelo imperialismo nessa onda recente de ataques aos países atrasados.
Os governos nacionalistas burgueses apoiam-se na burguesia nacional e nos trabalhadores, por meio de concessões sociais. Essa base de trabalhadores torna esse tipo de governo um obstáculo para a nova política do imperialismo para os países atrasados. O objetivo do imperialismo é fazer os trabalhadores pagarem pela nova crise do capitalismo aberta em 2008. Isso será feito por ataques aos direitos dos trabalhadores, aos salários, às condições de vida e às organizações operárias.
Esse é o sentido do golpe em toda a região, seja no Brasil ou em Honduras. O país da América Central está sob a direita golpista há mais tempo, e já começa a sofrer as consequências em proporções catastróficas. O programa da direita golpista para o Brasil também levará à catástrofe, com o fim dos direitos trabalhistas, o ataque aos salários, a venda do patrimônio nacional e a repressão contra as organizações operárias. Para evitar que o país chegue a esse ponto é preciso se mobilizar para derrotar o golpe, a direita e o imperialismo.