A Petrobrás, sob controle do golpista Ivan Monteiro, anunciou nesta terça-feira (30) que a “hibernação” das fábricas de fertilizantes localizadas em Sergipe (Fafen-SE) e na Bahia (Fafen-BA) serão mantidas até o dia 31 de janeiro do próximo ano. A paralisia da produção de fertilizantes pela Petrobrás se iniciou em março deste ano como suposta estratégia de contenção de prejuízos por parte desse setor da empresa. Essa medida, contudo, é tomada simultaneamente ao aumento da importação de fertilizantes em 17% no ano passado (2017) e em 26% até a metade deste ano (2018), como vem sendo avaliado com preocupação pelo diretor do Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Celso Luís Rodrigues Vegro. Isso prova a mesma tendência ao boicote da produção nacional das refinarias nacionais com a há uma facilitação a importação simultânea ao boicote a produção nacional.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) se declara frontalmente contrária às medidas da direção da empresa, fazendo associação entre o interesse das empresas YARA da Noruega e a ACRON da Rússia pelas produtoras de fertilizantes nacionais, com o processamento sucessivo de boicote à empresa e enfraquecimento da mesma frente ao mercado internacional fertilizantes. A FUP deixa claro, ainda, o repúdio a política entreguista que vem sendo levada em relação a todas as áreas de produção da Petrobras, fato que ataca diretamente setores estratégicos fundamentais para a soberania nacional.
É preciso deixar claro que, em consonância com a análise da FUP, essas medidas da diretoria golpista da Petrobrás tem a finalidade de destruir essa empresa-chave para a economia brasileira, seguindo a pauta geral do golpe imperialista no Brasil. O governo de Jair Bolsonaro, candidato oficial do golpe, deve seguir a mesma linha de ataque a economia nacional, fortalecendo a luta contra as indústrias nacionais, aprofundando o processo de desindustrialização nacional já corrente. O golpe já entregou quase a totalidade do pré-sal ao imperialismo da Chevron e Shell, entregou parte da Eletrobrás à preços irrisórios e ameaça privatizar grandes reservas de águas como o Aquífero Guarani. Isso permite a recapitalização dessas empresas monopolistas, contendo a profunda crise internacional já anunciada na semana passada pelas quedas sucessivas da Bolsa de Nova York.
O povo brasileiro, não deve aceitar esse assalto nacional. A entrega sistemática dos setores estratégicos deixa o País, cada vez mais, à mercê dos desmandos do imperialismo internacional. Por isso, é preciso lutar contra o processo de destruição da economia nacional levado pelos golpistas e isso significa lutar contra o golpe, contra Bolsonaro e todos os golpistas e lutar Pela Liberdade de Lula. É preciso formar comitês de Luta Contra o Golpe e contra o Fascismo em todo o Brasil com a finalidade de organizar a luta e colocá-la nas ruas. Para unificar a luta em todo o País é fundamental a participação de todos os comitês na 2a Conferência Nacional Aberta de Luta Contra o Golpe e Contra o Fascismo que ocorrerá nos dias 8 e 9 de dezembro em São Paulo.