Da redação – Nesta terça-feira (12), as autoridades golpistas bolivianas determinaram a prisão preventiva de três membros do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia por onze delitos por conta das eleições que ocorreram no dia 20 de outubro – dentre eles, eleitorais, por corrupção e ordinários. María Eugenia Choque, Antonio Costas e Édgar Gonzales foram presos assim que ocorreu o golpe militar no país, no dia 10/11. Agora, a prisão preventiva está determinada.
O pretexto de fraude eleitoral foi o estopim que levou às mobilizações da direita golpista contra o presidente eleito Evo Morales, que foi obrigado a renunciar por conta da ameaça dos militares.
A prisão foi realizada com base no informe fajuto da Organização dos Estados Americanos (OEA) que declarou fraude nas eleições bolivianas, uma vez que trata-se de um órgão golpista controlado pelos Estados Unidos.
A ex-presidente do TSE, Choque, foi levada ao Centro de Orientación Femenina de Obrajes; já Costas, vice-presidente do órgão, foi enviado a prisão de San Pedro de La Paz; e Gonzales para a prisão de San Antonio de Cochabamba.
Jhonny Castelú, advogado de Choque, declarou que a ex-presidente está está sendo acusado dos delitos: falsificação de documentos, manipulação informática, alterção e ocultação de resultados, benefício em função do cargo, resoluções contrárias à Constituição, descrumpimento de deveres, falsidade material, falsidade ideológica, uso de instrumento fraudado, alteração de acesso e uso indevido de dados informáticos.
Porém, tudo isso não passa de pretexto para o controle total dos golpistas sobre as instituições bolivianas. A direita está levando adiante um processo de perseguição política contra os opositores.