Após a derrota do candidato do imperialismo nas eleições presidenciais de 2014, a direita intensificou sua campanha contra o governo de Dilma Rousseff e conseguiu, em 2016, expulsar o PT do Regime Político. O PSTU, no entanto, alegou que o impeachment da presidenta Dilma Rousseff não configurava um golpe de Estado, mas apenas a substituição de um “corrupto” por outro. Afinal, para os morenistas, todos os que não fazem parte de sua agremiação são “farinha do mesmo saco”.
Imediatamente após assumir o governo, Temer deixou claro que seu programa em nada tinha a ver com o governo anterior. Os militares, por sua vez, passaram a ocupar cada vez mais espaço no regime. A censura e as perseguições políticas, executadas por parte do Judiciário, se tornaram cada vez mais frequentes.
A mudança nítida de regime, que qualquer um menos o PSTU é capaz de perceber, tem criado condições para que a direita massacre ainda mais os trabalhadores. Todos os direitos que foram uma dia conquistados estão sob sério risco.
Um dos direitos mais fundamentais, que parecia, para muitos, algo eternamente assegurado, é o acesso à saúde. No entanto, os golpistas nunca esconderam seu interesse em destruir toda a participação do Estado nos investimentos na saúde e seguem obstinados para conquistar esse objetivo. Recentemente, conseguiram dar mais um passo rumo a destruição do SUS.
No último dia 10, foi realizado em Brasília um evento intitulado “1º Fórum Brasil – Agenda Saúde: a ousadia de propor um Novo Sistema de Saúde”. No evento, que juntou deputados, senadores, membros do governo golpista e representantes dos Planos de Saúde, o objetivo ficou muito claro: acabar com o SUS.
Uma das principais discussões do evento promovido pelos golpistas foi a proposta de que o SUS repasse recursos para operadoras de planos de saúde para que façam assistência de alta complexidade. Ou seja, os golpistas, sem nenhum pudor, defenderam que o dinheiro do SUS, que é o serviço que garante o acesso irrestrito a saúde por todos os brasileiros, seja utilizado para auxiliar os planos provados de saúde.
Propostas como essa mostram que quem decide os rumos da saúde no governo golpista não é a população, mas sim os planos de saúde. Por isso, é necessário intensificar a luta contra o golpe, reunindo os trabalhadores em comitês de luta contra o golpe para exigir a anulação do impeachment e a liberdade para o ex-presidente Lula.