Uma das regras fundamentais do sistema capitalista, é a seguinte: quem tem dinheiro manda. A justiça burguesa no Brasil trata os trabalhadores de uma forma e grandes empresários e latifundiários de outra. Mais uma vez, o dinheiro, que compra as mercadorias e as pessoas, comprou o governo, que, “cedendo” para o lado mais forte, mudou a tabela de preços dos fretes para favorecer os latifundiários (“agronegócio”) e retirar o valor dos caminhoneiros.
A tabela que foi fechada como parte das negociações com os caminhoneiros para encerrar a greve, diminuiu irrisoriamente os valores do diesel – 0,46 centavos por litro – e elevou os custos do frete em até 150%. Só que nesse jogo de poder, a força da bancada ruralista vence, pois os caminhoneiros não têm bancada, nem terras, nem bilhões de dólares em contas no exterior, nem milícias armadas etc.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, afirmou que a tabela de preços mínimos de frete “é extremamente elevada, praticamente inviabiliza o setor produtivo” e, por isso, será revisada. Segundo ele, os cálculos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável pela elaboração da tabela, foram “muito corridos” para atender à demanda dos caminhoneiros, e alguns cálculos foram imprecisos. “A ANTT vai trazer para a realidade uma série de coisas e deve propor uma nova tabela de fretes amanhã”, disse o ministro ruralista e golpista.