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Goldman: racha do PSDB em São Paulo reflete a crise dos golpistas

Quando o fundador do PSDB e ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman, afirmou que não iria apoiar Dória, o candidato que hoje em dia tem um poder grande no diretório municipal, quis expulsá-lo do partido, ato que foi barrado pela direção nacional dos tucanos. Uma briga antiga que existe desde a época das eleições municipais.

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Isso em si já revela a crise. Porém, nada se compara a recente afirmação do próprio Goldman de que irá apoiar Haddad e não Bolsonaro no segundo turno, contrariando o posicionamento do principal setor do partido, que apesar de não ter declarado, está utilizando a máquina estatal e partidária para fazer campanha a favor de Bolsonaro.

Com o desenvolvimento da situação política, a crise do regime golpista e dos partidos tradicionais da burguesia se aprofunda. O caso do PSDB, que durante todos últimos anos foi o principal partido da direita, é exemplar para demonstrar todo este aprofundamento da crise.

Começando pelo fato de que, desde 1994, é a primeira vez que não participam do segundo turno das eleições presidenciais, mas também pelo fato de que o número de deputados federais e estaduais e de senadores diminuiu exponencialmente. O bancada tucana na Câmara de Deputados diminuiu quase pela metade, passando de 54 eleitos em 2014 para apenas 29 neste ano.

Para os cargos executivos também não foi muito bom. Tanto para o cenário estadual quanto para o federal, o PSDB fez uma de suas piores campanhas de todos os anos. O candidato do PSDB para presidente, Geraldo Alckmin, candidato preferencial do imperialismo, não conseguiu ter aprovação da maioria da burguesia nacional para ser o candidato da direita, e tiveram de ceder o lugar para Bolsonaro continuar o trabalho sujo.

Agora, no segundo turno das eleições, a burguesia se encontra rachada em determinados estados, como por exemplo em São Paulo, em que um setor está apoiando João Dória, do próprio PSDB, e um outro está apoiando Márcio França, do PSB, mas que também é tucano – atual governador, era vice de Geraldo Alckmin (PSDB).

Vale lembrar que o PSDB em São Paulo se encontra em crise faz tempo. Na época das primárias municipais para decidir quem seria o candidato à prefeitura pelo partido em 2016, houve até confronto físico, com chutes, pontapés, cadeirada e assim por diante, parecendo um filme de “bang bang” norte-americano.

A crise do partido retornou ao cenário nacional quando teve uma sucessão de presidentes do partido após a renúncia de Aécio Neves, passando por Tasso Jereissati, até chegar em Geraldo Alckmin, mas sem aprovação de todo um setor do PSDB.

O próprio FHC denunciou que a campanha do PSDB foi sabotada pelo próprio partido durante as eleições. Mas também, logo após o primeiro turno das eleições, os tucanos entraram em uma briga para definir quem iriam apoiar para o segundo turno, se o candidato do próprio partido, João Dória, ou o tucano de outro partido, Márcio França. Fundamentalmente, os dois são candidatos bolsonaristas, porém existe todo um setor da burguesia paulista que é contra apoiar Dória, pois sabe que seu governo será marcado por diversas crises, como ocorreu em sua passagem pela prefeitura de São Paulo.

A crise existente no PSDB, e a fragmentação da burguesia em diversos partidos, além de obviamente o crescimento político de um setor da extrema-direita, revela a crise geral existente na burguesia brasileira. É mais um dos exemplos da total desintegração do regime golpista.

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