Organizada pela direita e por setores conservadores religiosos de Goiás, está se realizando uma marcha contra a legalização do aborto, onde tentam implantar a política de ataque contra as mulheres, defendendo o estatuto do nascituro, cujo objetivo é de atribuir ao feto mais direitos do que as próprias mulheres -partindo do pressuposto que a vida se inicia desde a concepção- o que na verdade propriamente dito acarretará no aumento da prisão de mulheres com o avanço dessa medida.
Isso demonstra o avanço da direita golpista, que muito faz demagogia com a questão das mulheres e se diz a favor da vida, mas que finalmente em atos como esse demonstra seu real objetivo, que consiste na pregação de uma verdadeira política de massacre das mulheres. Promovendo uma marcha contra o aborto, e que está inteiramente amarrada na perseguição das mulheres e de seus direitos fundamentais, a direita deixa bem claro qual a política que tem a oferecer para as mulheres.
Com o estatuto do nascituro, tentam inviabilizar ainda mais o acesso ao direito de aborto já muito limitado no país, mas que na verdade não existe de fato, sabendo que existe uma série de problemas que as mulheres enfrentam para consegui-lo mesmo quando se encaixam nos requisitos estabelecidos. Isso se demonstra no enorme número de mulheres que morrem anualmente ao realizarem aborto em clínicas clandestinas. Toda a questão diante do aborto perpassa por um problema de saúde pública e não moral.
Portanto, as mulheres devem estar organizadas na luta por suas reivindicações imediatas, assim como é a legalização do aborto. É preciso fazer frente aos avanços e ataques da direita golpista que por meio de ações como essa reforçam sua política de massacre das mulheres e da população de conjunto. Somente com sua organização e efetividade na luta, será possível sanar os ataques da direita fascista e derrotar o golpe.