Em assembleia realizada na tarde de quinta-feira, 7, em São José dos campos, o Sindicato dos Metalúrgicos, aprovou junto aos trabalhadores um acordo extremamente rebaixado, cedendo totalmente à chantagem dos patrões.
A GM, um monopólio do setor automotivo, fez uma verdadeira campanha de chantagem junto aos operários nas últimas semanas, ameaçando abandonar a sua produção no País devido a uma suposta situação de crise dos capitalistas, proprietários da empresa, de diminuição dos seus lucros. Trata-se de uma forma dos patrões pressionarem os trabalhadores e a direção sindical à favor de uma política de redução dos salários dos trabalhadores.
Dentre os pontos do acordo imposto estão, por exemplo, o congelamento dos salários dos trabalhadores no ano de 2019, a redução do piso salarial de R$ 2,2 mil para R$ 1,7 mi, o fim da estabilidade no emprego, até a aposentadoria, para aqueles trabalhadores que acidentarem em serviço, a diminuição pela metade na chamada participação nos lucros da empresa, para quem tiver cumprido 180 dias de trabalho na unidade, o valor anterior era de R$ 15 mil, com a mudança passou para R$ 7,5 mil.O prazo mínimo para os trabalhadores receberem benefícios também foi alterado para 180 dias trabalhados na empresa, o que antes era de 120 dias.
A direção do Sindicato, do PSTU-Conlutas nao fez qualquer campanha real contra a proposta dos patrões e foi totalmente submissa aos interesses patronais e aceitou o acordo proposto, cedendo totalmente aos capitalistas, capitulando para a chantagem dos empresários, para o discurso de que o “momento de crise exige sacrifício de todos”.
A situação na GM, como em muitas outras fábricas, evidencia a necessidade de realizar uma ampla campanha entre os operários, construir organizações de base, independentes dos patrões e da burocracia sindical para mobilizar cotra o regie de escravidão que os patrões e seus regime golpista estão buscando impor.
Os capitalistas não passam de verdadeiros parasitas, os quais utilizam da chantagem e das ameaças contra os trabalhadores para aumentarem ainda mais os seus lucros em troca de uma maior exploração do trabalho. Se a fábrica está em crise, é necessário que os trabalhadores ocupem-a e assumam a produção. Para isso é preciso também que a mobilização operária supere a política de completa colaboração da direção do sindicato com os interesses patronais, como é o caso da direção sindical do PSTU.