Da redação – A medida de censura veio em resposta ao posicionamento pró-Lula adotado por Chico Pinheiro em um áudio que vazou pela internet. A TV golpe, então, lançou o dito “Princípios Editoriais do Grupo Globo” que normatiza a “conduta (anti)ética de seus jornalistas”.
Para repórteres e editores, ficou claro que as restrições a partir de agora serão totais, que eles não poderão mais opinar nem para um amigo. “Mesmo quando você escreve reservadamente para alguém, não deve emitir opinião porque, se isso vazar, vai se encaixar nas normas de comportamento em redes sociais”, disse um chefe de São Paulo.
Sem poder expressar-se sobre preferências de times de futebol, curtir posts de candidatos no facebook ou sequer expressar as suas opiniões políticas por conversas privadas de whatsapp, os funcionários de notícias da globo passam a submeter-se a um verdadeiro cárcere com a chamada “Lei Chico Pinheiro”.
Contudo, claro que as medidas não são iguais para cada caso. Se o audio de Chico Pinheiro fosse pró-moro e pró-golpe, ai o AI seria leve, até um aumento de salário poderia ocorrer. Mas pró-Lula? Inaceitável para uma figura que não é mais um ser humano, mas um escravo de imagem da rede golpe de televisão.
O poder dessa medida completamente contrária a qualquer garantia constitucional, tomada por um órgão extra-estatal só mostra, mais uma vez, que não vivemos num Estado de direito. Que vivemos numa ditadura na qual manda aquele com mais dinheiro e poder. Seja para proclamar o “AI-5 da Globo” ou o “AI-5 do Brasil”, o processo é semelhante e passa pelas mesmas linhas retóricas de “moralismo e ética”. Só para ficar claro, o processo do “AI-5 do Brasil” já está sendo construído a partir da demagogia imposta pela polêmica muito conveniente das “Fake news”.
