Além das revelações que o site The Intercept Brasil já apresentou no domingo (9), o editor do site, Glenn Greenwald, promete que há muito mais por vir. Por enquanto, o que se tem são trocas de mensagens privadas pelo aplicativo Telegram. Em editorial, o site avisou que além dessas conversas, há ainda conversas por áudio, fotos e documentos, entre outros materiais. Há uma expectativa de que as revelações que ainda vão aparecer ajudem a entender como a imprensa agia junto com a Lava Jato para perseguir Lula e o PT.
Segundo Glenn Greenwald, haveria muito material para analisar antes de publicar mais reportagens. Os dados deveriam ser tornados públicos de uma vez. Em qualquer caso, conhecendo os dados, Greenwald afirmou o seguinte em sua conta no Twitter: “A Globo é sócia, agente e aliada de Moro e Lava Jato – seus porta-vozes – e não jornalistas que reportem sobre eles com alguma independência. É exatamente assim que Moro, Deltan e a força-tarefa veem a Globo. Então não esperem nada além de propaganda.”
A Globo é sócia, agente e aliada de Moro e Lava Jato – seus porta-vozes – e não jornalistas que reportem sobre eles com alguma independência. É exatamente assim que Moro, Deltan e a força-tarefa veem a Globo. Então não esperem nada além de propaganda: https://t.co/QsFbaa8xWq
— Glenn Greenwald (@ggreenwald) June 11, 2019
Esse comentário, da parte de uma pessoa que tem informações sobre o problema, reforçam a necessidade de acabar com os grandes monopólios capitalistas das comunicações. A Globo controla uma concessão pública para realizar sua campanha diária de desinformação contra a população. E essa é uma situação absurda. Por que uma família teria o direito de decidir que informações devem chegar ou não para milhões de pessoas, e com que tratamento essas informações deveriam chegar? É a essa situação que a imprensa chama de “liberdade de imprensa”, mas na verdade trata-se da liberdade de meia dúzia de capitalistas decidirem que informações chegarão às massas.
Isso é completamente antidemocrático e não tem nada a ver com “liberdade de imprensa”. Para que houvesse tal liberdade, a população teria que ter acesso aos meios para produzir e transmitir as informações. As concessões públicas, por exemplos, deveriam ser controladas pelo público, em geral, e não por um punhado de bandoleiros capitalistas. Por isso, é preciso que, para que haja de fato liberdade de imprensa, os grandes monopólios de comunicação capitalistas sejam expropriados e entregues aos trabalhadores, para que os cidadãos possam decidir sobre a programação, por meio de suas entidades representativas, como associações de bairro, sindicatos de trabalhadores, movimentos populares, cooperativas, entre outras.