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Briga de quadrilhas

Globo ataca Crivella para eleger Paes e minar Bolsonaro

O que está acontecendo no Rio de Janeiro é uma profunda crise política de duas alas da burguesia que se enfrentam para dominar o estado e continuar sua política de rapina

A Rede Globo, maior monopólio de comunicação da televisão aberta do País, dedicou quase vinte minutos da sua programação para fazer uma campanha contra Crivella. Durante seu programa de domingo, cuja audiência é uma das maiores da televisão golpista, a rede de televisão que é uma das mais pró-imperialistas do País, marcou sua posição de apoio a Eduardo Paes (DEM/Rj) contra o bolsonarista Crivella.

Rede Globo: um enorme privilégio

Antes de abordar o problema da crise política no Rio de Janeiro, é importante destacar o que é a Rede Globo e qual seu papel na política geral do País. É notório que a Rede Globo é um grande privilégio da burguesia sobre o povo e as organizações operárias e populares da cidade e do campo e só isso seria suficiente para exigir o fim da concessão. Sua razão de existir não é nada menos que defender os interesses da burguesia para a classe trabalhadora brasileira, isto é, uma máquina de propaganda gigantesca que defende interesses alheios da própria população. A Rede Globo nada tem a ver com “liberdade de expressão”, mas é seu exato oposto: ela promove uma censura às opiniões contrárias ao regime político e também a posições políticas alheias aos seus interesses.

Basta relembrar que a Rede Globo, comprando com o capital imperialismo uma concessão pública da população, isto é, promovendo um roubo descarado, apoiou o golpe militar de 1964, esteve apoiando a ditadura até o fim. Defendeu e convocou as manifestações golpistas de 2016, apoiou e articulou o golpe de Estado que derrubou Dilma, apoiou a prisão de Lula e todas as aberrações antidemocráticas desde sua existência. Agora, por que essa máquina de guerra contra o povo, está apoiando Eduardo Paes para candidatura do RJ?

Crise no bloco golpista: Globo vs. Bolsonaro, uma guerra de quadrilhas

O que acontece no Rio de Janeiro, que se acentuo após a queda relativamente fácil do governador sem votos Wilson Witzel, é uma profunda crise de duas alas da burguesia para dominar politicamente o segundo estado mais rico do País. O que muito setores apontaram como um método lava-jatista no caso Witzel, erraram na análise, pois o que vimos no Rio de Janeiro é o método bolsonarista. A queda do nazista que governava o Rio de Janeiro se sucedeu porque o próprio se mostrou uma pedra no sapato do bolsonarismo, e da burguesia que ele representa, para o domínio do estado carioca.

Nas eleições municipais, esse embate se dá entre Eduardo Paes (DEM/Rj) que representa a direita mais tradicional do regime político, que representa alas da burguesia como a Rede Globo, e o atual prefeito Crivella que representa os setores mais arregrados ao bolsonarismo, como no caso dele a Band e setores reacionários da Igreja evangélica; importada, curiosamente, dos Estados Unidos para o Brasil. A luta política que gera esse verdadeiro bang-bag que estamos vendo nas paginas e nas telas dos jornais golpistas é basicamente essa, e nada mais: quem vai dominar o estado do Rio de Janeiro e ficará com a maior fatia do bolo?

Ao que tudo indica, isto será decidido com o argumento da força e não a força do argumento. Quem tiver mais juízes, mais monopólio, mais blocos da polícia fascista ao seu favor, mais currais eleitorais, mais desembargadores, mais promotores, mais advogados, etc. e principalmente mais capital para investir nessa campanha, ganhará o jogo. Independente dos lados, o que essa ala tem em comum é a política de massacrar a população já oprimida no Rio de Janeiro. Agora, se essas duas alas tem como objetivo a política golpista, qual a vantagem de se apoiar em uma delas contra a outra? Por que teríamos que apoiar os burgueses “democráticos” contra Bolsonaro?

Frente Ampla: um instrumento da burguesia contra o povo

Setores da esquerda se colocaram em um apoio criminoso da ala “democrática” da burguesia, representada por Eduardo Paes, contra Crivella. Em um cálculo extremamente oportunista setores da esquerda pequeno-burguesa estão apoiando a máquina antidemocrático, golpista, ditatorial de monopólios como a Rede Globo “contra Bolsonaro”. O que á algo, no mínimo, condenável. Um caso que expressa essa formação da Frente Ampla no Rio de Janeiro, é o caso do parlamentar Marcelo Freixo (PSOL/Rj) que retirou sua candidatura para apoiar, debaixo dos panos, Eduardo Paes. E lançou, no caso, uma candidatura extremamente secundária para não interferir nas eleições, ficando a reboque da direita.

O pretexto, muito mal contado, de Freixo é que ele não se lançaria sem uma “unidade da esquerda”. E para isso ele se lança em uma unidade de um setor da esquerda que ele representa, com a direita golpista no País. Porque não é novidade alguma que, em um eventual segundo turno, o PSOL/Rj se colocaria abertamente a favor de Eduardo Paes. E para isso, precisa se abster e unificar já antecipadamente com essa direita. Um fato que mostra, já escancaradamente, um aceno a direita é o PSOL de Freixo ter escolhido um coronel da PM como vice da chapa que não tem voto.

Essa política de colaboração com os setores da burguesia “democráticos”, mas que na verdade é os maiores artífices da atual situação política, em um momento em que o País sofre um genocídio um risco de golpe militar, deve ser duramente combatida e denunciada como uma manobra golpista.

É preciso uma política independente para os trabalhadores! Fora Bolsonaro e todos os golpistas!

Diante dessa situação de crise política, os trabalhadores e principalmente suas organizações de luta devem se unificar em torno de uma frente único, prática, de mobilização para derrubar Bolsonaro e todos os golpistas. Como é o caso de Paes e Crivella, ambos inimigos declarados do povo, que está literalmente pilhando cadáveres para continuar promover uma política de rapina com o Estado e todos os trabalhadores; tirando da onde tem, e da onde não tem, para continuar com seus lucros obscenos. Essa política genocida e de destruição das condições de vida da população é promovida por toda burguesia. É preciso uma política de Frente Única das organizações dos trabalhadores pelo fora Bolsonaro todos os golpistas e pela candidatura do ex-presidente Lula; só assim terá um cenário vantajoso para a classe operária.

 

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