Da redação – A senadora e deputada federal eleita pelo Partido dos Trabalhadores (PT), presidenta da sigla, Gleisi Hoffmann, apresentou na semana passada uma proposta para sustar o decreto do presidente golpista Michel Temer, emitido em 15 de outubro, de criação de uma Força-Tarefa que começará a agir no governo fraudulento e ilegítimo de Jair Bolsonaro.
O Projeto de Decreto Legislativo (PDS) 129/2018, apresentado por Gleisi, tem o intuito de barrar o decreto de Temer. Segundo a petista, a medida golpista permitirá “toda sorte de perseguições a pessoas, coletivos populares organizados, movimentos sociais” e vai “fragilizar ao máximo, os direitos individuais e conquistas sociais do povo brasileiro”.
O decreto 9.527 integra os principais órgãos de repressão do Estado, como a Polícia Militar (PM), a Polícia Federal (PF), as secretarias de segurança dos três órgãos das Forças Armadas, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e será comandado pelos militares, com participação especial do general Sérgio Etchegoyen (ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional) e do agora nomeado futuro ministro de Justiça e Segurança Pública, o agente dos EUA Sérgio Moro.
A ação “vai permitir aos organismos que integrarão essa tal força-tarefa invadir a privacidade de qualquer cidadão, sem limites, vigiar e criminalizar os movimentos sociais e organizações de defesa dos direitos civis, atropelar a Constituição, perseguir indiscriminadamente”, denunciou também a presidenta do PT.
O PCO vem fazendo uma ampla denúncia desse decreto e este diário vê como muito importante o posicionamento de denúncia da senadora. Entretanto, para combater tal medida ditatorial, é preciso organizar um grande movimento popular, liderado pelos organismos de esquerda como a CUT, o MST, os sindicatos e partidos como PCO e PT, a fim de impor um forte obstáculo ao avanço dos golpistas e derrotar a extrema-direita com a única força que pode fazer frente ao golpe e à burguesia: a classe trabalhadora, com o apoio de todas as classes populares.