Em um post realizado em sua conta no perfil do Twitter, no último dia 25, a deputada Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, deixa claro que a ala lulista do Partido está sendo obrigada a reagir às investidas do regime golpista para excluir esse setor da política nacional.
Em sua declaração, a deputada afirma:
”DEM e PSDB foram responsáveis pela eleição do Bolsonaro, e, são agora, por sua manutenção na presidência. Criticam seu comportamento mas o defendem no cargo para tocar a pauta econômica. Aliança com eles só se o PT mudar o projeto que tem para o país. Aí não seria o PT.”
Vimos no post, que a deputada reage contra a frente ampla, que é uma frente direitista entre os golpistas e os setores mais direitistas da esquerda, sem o PT.
O que a esquerda pequena burguesa está tentando fazer – e com êxito – é dar total apoio aos pais dessa catástrofe que hoje ocupa a presidência da república e que atende pelo nome de Jair Messias Bolsonaro, mas não é só isso, são os pais de toda essa política de austeridade que está esfolando toda a classe pobre e trabalhadora do país, com essa política ultraliberal.
É importante uma digressão sobre a política desses partidos que parte da esquerda brasileira insiste em fazer frente ampla.
Temos como presidente da Câmara, ninguém mais que o Sr. Rodrigo Maia (DEM), principal articulador da reforma da previdência – sim, Sr. Jair não tinha poder o suficiente para isso – e agora, o principal articulador dessa reforma tributária, que será mais uma reforma que terá como consequência “arrancar o couro” do povo e beneficiar mais ainda os super ricos.
Agora para mencionar as “belas” contribuições do PSDB para a sociedade brasileira, a lista é bem maior.
Em 1995 ocorreu uma das maiores greves da nossa história, que foi a dos petroleiros que lutavam contra a privatização da Petrobras. O “príncipe”,Fernando Henrique Cardoso – presidente da república na época – reprimiu a greve de forma igualmente histórica. Tal repressão, resultou na marginalização dos direitos às greves no país, fazendo com que os tribunais penalize os sindicatos com multas astronômicas, tudo isso, resultado dessa política entreguista de sr. FHC. Sem mencionar que o “príncipe” concluiu a sua gestão em 2002, com mais de 40 milhões de pessoas passando fome.
Além do desastroso governo tucano durante a década de 90 até o início dos anos 2000, a história recente evidencia mais ainda o caráter golpista do PSDB. As eleições presidenciais de 2014, que foi vencida pelo PT pela 4ª vez consecutiva, resultou na ira dos tucanos, fazendo com que o seu candidato da época, Aécio Neves, exigisse a recontagem dos votos, afirmando que as eleições tinham sido fraudadas a favor do PT. Mas como o partido tucano não tem militância, foi realizada toda uma articulação para organizar a extrema-direita amarela, que hoje é a atual base do bolsonarismo, ou seja, se hoje temos uma horda de loucos, fascistas e genocidas que clamam a plenos pulmões por AI-5, que bandido bom é bandido morto, que funcionário público é o maior ofensor dos gastos públicos, que aborto é pior que o estupro, entre mais outras aberrações que essa turma tem coragem de declarar, devemos tudo isso ao PSDB, a quadrilha que grande parte da esquerda insiste em construir alianças.
Lembrando que o atual presidente do PSDB, Bruno Araújo, disse em entrevista à Folha de S. Paulo, ser contra interromper o governo Bolsonaro, com a desculpa de que isso potencializaria uma crise no País – ele só não se deu conta, ou finge que não se deu, que o país já está em uma profunda crise desde o golpe de Estado que eles articularam em 2016.
Essa frente ampla é uma loucura, pois isso é fazer acordo com quem deu à luz a todo esse cenário escatológico que o povo brasileiro é obrigado a contemplar.
Esse tipo de aliança é uma farsa, precisa ser denunciado abertamente e tem como único objetivo fazer a política de Bolsonaro, sem Bolsonaro.