Da redação – Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, atendeu ao pedido de Flávio Bolsonaro e suspendeu a investigações sobre o filho do presidente Jair Bolsonaro no caso Queiroz.
Em uma reclamação apresentada ao Supremo, o senador do PSL afirmou que mesmo após decisão do ministro Dias Toffoli, presidente do STF, que suspendia as investigações, elas prosseguiam.
Em Julho, “Dias Toffoli determinou a suspensão de todos os processos e investigações nos quais houve compartilhamento sem autorização judicial de dados sigilosos detalhados de órgãos de inteligência, como o extinto Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) – hoje Unidade de Inteligência Financeira (UIF)”, afirma o G1.
Segundo a decisão de Mendes, Bolsonaro havia pedido ao Ministério Público e ao Tribunal de Justiça o cumprimento da decisão de Toffoli com a suspensão dos casos até o julgamento definitivo pelo STF, que deverá julgar no dia 21 de novembro.
O caso
O senador e seu ex-motorista, Fabrício Queiroz, são alvo de investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro, iniciado por conta de relatórios do Coaf, que identificou movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz e de Bolsonaro. Em cerca de um mês, foram 48 depósitos em dinheiro, totalizando R$ 96 mil, de acordo com o Coaf.
Os depósitos foram feitos por nove “funcionários” do gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj – da época em que ele era deputado estadual pelo Rio de Janeiro – que transferiram o dinheiro para a conta de Queiroz em dias que coincidem com as datas de pagamento do salário.
O Ministério Público do RJ afirma que encontrou indícios de organização criminosa e lavagem de dinheiro, mas tratando-se de um elemento da burguesia que tem ligações com o presidente da República até agora não foi feito nada. O esquema de corrupção foi utilizado pela imprensa para “colocar Bolsonaro na linha” e nada mais. E agora, foi as investigações foram suspendidas oficialmente pelo STF.