A maioria dos estados brasileiros divulgou a previsão de inicio do ano letivo de 2021 com dados atualizados, com 15 unidades federativas divulgando quando ocorrerá o retorno do ensino híbrido ou presencial na rede estadual.
No Amapá (AM) as aulas presenciais retornarão em já em Janeiro, uma situação desastrosa para os estudantes do norte. já em São Paulo(SP), Paraná(PR), Santa Catarina(SC), Mato Grosso(MT), Ceará(CE) e outros estados(ver acima) a previsão é que as aulas presenciais retornem já em março.
No Acre (AC), Mauro Sérgio Cruz, o Secretario de Educação Cultura e Esporte do Acre, foi divulgado que o ano letivo de 2020, que ficou limitado ao EAD, ou seja, não ocorreu de fato, será “concluído” na rede pública nos meses de janeiro, fevereiro e março. Ou seja, as aulas continuarão remotas até março, quando então será adotado um sistema híbrido, onde os alunos realizarão atividades presencialmente na escola e outras à distancia.
Em abril, haverá um recesso aonde serão realizadas matriculas para o inicio do próximo ano letivo, em maio. A situação de Alagoas (AL), Rio Grande do Sul(RS) e Sergipe (SE) são similares, com o retorno das aulas presenciais em Março de 2021. Porem há diferenças entre os anos letivos, como no Acre, por exemplo, que começara em maio. No Alagoas o próximo ano letivo ocorrera em março ainda, de acordo com as previsões.
Esta atualização, que coincide com a manutenção dos exames vestibulares, como o ENEM, que ocorrerá no final de janeiro, em meio ao surto da pandemia que já está matando mais de mil pessoas por dia no momento, não passa de um impulso para a volta das aulas presenciais logo no começo do ano, uma medida altamente impopular e genocida.
Vale ressaltar que durante o ano de 2020 não houve um ano escolar significativo, fato este que é reconhecido, inclusive, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) ao propor a extensão do ano escolar a 2021, também expandindo a farsa do EAD, com horríveis condições de ensino que nem são acessíveis à maioria do corpo estudantil brasileiro. Concretamente, isto significa que os estudantes oriundos da classe trabalhadora, que já possuem uma desvantagem enorme em relação aos estudantes pequeno-burgueses e burgueses, só se prejudicarão com a ocorrência deste exame, dadas as condições mais desiguais (do que a norma brasileira) trazidas pela pandemia.
A organização dos estudantes e professores contra a volta as aulas é a alternativa mais correta para se defender contra estes ataques da extrema-direita genocida contra o povo. Não se devem alimentar ilusões, estas políticas e movimentações agem contra os estudantes e demais setores da comunidade escolar (pais, funcionários e professores), e não passa de uma articulação que pretende promover um genocídio da juventude em escala nacional. A tarefa para a juventude já foi posta, e não há outra saída: é necessário lutar pela suspensão do calendário escolar e dos exames vestibulares até o fim da pandemia e a vacinação dos estudantes.