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Como tratavam e como tratam

Genocídio versus “pedaladas”: duas medidas da imprensa

É impressionante como a imprensa tradicional burguesa se recusa a chamar Bolsonaro pelo seu verdadeiro nome: genocida. Quantos ainda precisarão morrer?

Por ocasião do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a imprensa burguesa fez uma intensa campanha apresentando as chamadas pedaladas fiscais como um crime hediondo que só poderia ser resolvido com a remoção da presidenta de seu cargo.

Esta perseguição começou em meados de 2015 com a oposição acusando-a de atrasar o repasse de recursos para benefícios sociais e subsídios pagos por meio da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Eles alegavam que tais manobras seriam para maquiar as contas públicas, para aparentarem estar em situação melhor do que realmente estavam.

Com um tom acusatório exacerbado, os veículos da imprensa golpista como O Estado de S. Paulo, a rede Globo, Veja e Folha de S.Paulo, entre outros, fizeram intensa propaganda em torno de um suposto crime que estaria sendo cometido contra o erário quando na verdade nunca houve prejuízo algum para a população. Algum tempo depois ficou evidente que as tais “pedaladas fiscais” não passavam de um artifício contábil utilizado desde a época do governo de Fernando Henrique Cardoso.

O golpe ficou ainda mais evidente apenas alguns dias após se consumar o impeachment de Dilma Rousseff com o vice-presidente Michel Temer assumindo o seu cargo. O presidente da Câmara Rodrigo Maia (então presidente da República em exercício) sancionou e publicou no Diário Oficial da União uma lei que flexibilizava as regras para abertura de créditos suplementares sem a necessidade de autorização do Congresso, ou seja, a lei que autoriza as pedaladas fiscais. As tais pedaladas fiscais não passavam de um remanejamento de verbas que estavam destinadas a um fim que acabavam sendo usadas para outro objetivo. Ou seja nunca houve desvio de dinheiro.

A diferença de tratamento dispensado a Dilma Rousseff contrasta bastante com aquele com que a imprensa burguesa trata o atual presidente ilegítimo Bolsonaro.

Bolsonaro até esta data já coleciona 48 pedidos de impeachment, todos eles aguardando por uma decisão de Rodrigo Maia. A situação de Bolsonaro mostra que a burguesia continua dividida. Alguns setores são favoráveis à saída do presidente, especialmente aquela ala mais ligada ao PSDB, enquanto outros setores, como as Forças Armadas, continuam defendendo seu mandato.

Com um governo que mesmo um jornal de direita como o Estado admite ser “incompetente para lidar com a crise causada pelo coronavírus”, o tratamento dispensado a ele é no mínimo pouco contundente. Mesmo com o número de vítimas da doença já ter passado das 86.000 pessoas no domingo, dia 26 e com mais de 2,4 milhões de infectados, o governo federal permanece inoperante e apenas observa os números crescerem sem controle. Vale lembrar que esses são apenas os números oficiais e os números reais podem ser até 60% maiores, segundo alguns estudos, o que justifica o título de “genocida” aplicado a Bolsonaro.

No editorial do Estado deste domingo, dia 26, os adjetivos usados para descrever Bolsonaro são “espantoso”, “amalucado”, “irresponsável”. Põem-se a descrever vários dos crimes cometidos pelo presidente, mas são incapazes de chamá-lo pelos seus verdadeiros nomes: genocida, assassino, golpista.

Quando a burguesia tem que lidar com um dos seus não há dedos apontados, acusações ou chamados à sua derrubada. Apenas apelos a que o presidente volte a se comportar, como um adulto falando com uma criança mimada.

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