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Covid nas Prisões

Genocídio da população pobre: 1600 presos tem covid-19 no Ceará

No Ceará, em menos de um ano, mais de 1.620 presos testaram positivo para Covid-19. Outros 783 casos foram contabilizados, 587 em policiais penais e 196 nos demais colaborados.

No Ceará, em menos de um ano, mais de 1.620 presos testaram positivo para Covid-19. Outros 783 casos foram contabilizados, sendo 587 em policiais penais e 196 nos demais colaboradores. Contando com o fato de que a primeira infecção pelo coronavírus no sistema prisional cearense aconteceu em abril de 2020, depois do espaço de quase 365 dias, o cenário da pandemia nas prisões é o de um verdadeiro massacre nazista.

A primeira infecção ocorreu na Unidade Prisional Professor José Sobreira de Amorim, em Itaitinga. Agora, de acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP): “a pandemia no Sistema Prisional segue acompanhando o cenário atual de disseminação geral do Estado do Ceará, apresentando um pequeno aumento de contaminação entre internos, servidores e terceirizados”. Esta informação foi publicada no mais recente boletim epidemiológico, contabilizando casos até o dia 26 de fevereiro deste ano.

Nessa quinta-feira (4) haviam 54 internos em tratamento para quadro leve da doença, sendo 29 deles recém-chegados da Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), localizada no Centro de Fortaleza. A SAP afirma que todos os internos ao entrarem no sistema prisional são submetidos a testagem. Em quase 350 dias foram realizados pelo menos 17 mil testes entre internos e servidores.

Segundo a Presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Estado do Ceará (Sindppen-Ce), Joélia Silveira, hoje um dos maiores problemas “enfrentados” dentro das unidades prisionais é a superlotação. A resposta da diretora é que os direitos dos prisioneiros, quase inexistentes no Brasil, tem que ser abatidos para manter o “isolamento social rígido”, ou seja, suspender as visitas.

Este isolamento social rígido que não combate o maior problema, nas palavras da presidente do sindicato, que é a superlotação, e que não traz beneficio nenhum aos prisioneiros pobres e negros da região cearense, muito pelo contrario. Em meio aos ambientes superlotados e com queixas de condições sanitárias precárias, vemos como este numero, 1620, de prisioneiros continuará a aumentar: apenas em outubro de 2020, o número de presos infectados no Sistema Penitenciário do Ceará erá 1.188, 3 meses antes, 529, e estes números subiram sobre o mesmo regime que agora volta a assolar os prisioneiros cearenses: a proibição das visitas.

Não há medida de isolamento social ou qualquer outro paliativo que possa debater com os números aqui citados. É importante reconhecer que 95% dos presos no estado são homens: 19893 detentos, e dentre o total, 11.082 mil (53.1%) são presos provisórios, ou sejam ainda não foram julgados e muito menos condenados, e desde o ano passado tem alto risco de se infectar e morrer com a doença. Uma media de 66% da população carcerária é de população negra e pobre. Nas palavras do Anuário de Segurança Publica: “No Brasil, se prende cada vez mais, mas, sobretudo, cada vez mais pessoas negras”.

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