Pouco mais de um ano desde que o coronavírus chegou ao Brasil, mais de 284 mil pessoas já morreram devido a complicações do vírus e mais de 11 milhões foram infectadas. O avanço da contaminação está totalmente sem controle, combinando a total inação dos governos genocidas e novas e mais graves características que a doença vem assumindo nessa segunda onda.
Se, em 2020, no início da pandemia, a maior preocupação era a contaminação de pessoas do chamado grupo de risco, como idosos, pessoas com obesidade e doenças respiratórias, no atual momento, há um aumento gigantesco do número de jovens que se infectam e desenvolvem a forma grave da doença, muitos chegando inclusive a óbito.
Nesta semana, foi anunciada a primeira morte de uma pessoa na cidade de São Paulo que aguardava por um leito de UTI, justamente um jovem de 22 anos. Renan Ribeiro deu entrada em um hospital da Zona Leste, em São Mateus, com falta de ar. Esperou durante dois dias a transferência para um leito com oxigênio, mas não aguentou e acabou morrendo.
Um caso parecido aconteceu na Zona Sul em Campo Limpo. Mileide Pauline dos Santos, de 25 anos, estava internada desde o dia 7 de março, no Hospital de Clínicas do município, pois não havia vaga na rede particular. Morreu no dia 17, sem conseguir uma vaga na UTI. Mileide era auxiliar de ensino em um colégio de Campinas (SP) e se afastou do trabalho após apresentar sintomas da doença.
Muitos outros casos da morte de jovens por COVID-19 tem sido relatados nessa nova alta de infecções muito mais grave do que a anterior.
Já foi descoberta a circulação de novas variantes da doença muito mais graves do que a de 2020, que exigiriam no mínimo o controle da circulação de pessoas para evitar mais doentes, mas as autoridades públicas, do governo federal aos governos estaduais e municipais, nada fazem.
As ações, muito pelo contrário de conter a disseminação do vírus, promoveram a contaminação de jovens e crianças em larga escala como ainda não havia ocorrido. Exemplo claro disso foi a volta às aulas, com o retorno dos jovens às escolas sucateadas pelo PSBD para correrem o risco de se contaminar. Com o único e exclusivo motivo de atender a demanda dos capitalistas que exigem escolas abertas para manterem seus lucros…