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Sem vacina é crime

Genocida Mauro Mendes (DEM) quer reabrir as escolas de MT

A finalidade de uma direção sindical é preparar a base para o embate, para a greve. O SINTEP não pode apostar no recuo do governo do estado.

A pandemia do coronavírus tem ceifado milhares de vida no país e, especificamente em Mato Grosso, de acordo com o boletim epidemiológico n°450, divulgado nesta terça feira pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), em números oficiais o estado já totaliza 10.984 óbitos causados pela COVID-19. O documento, bem como o pronunciamentos do então Secretário de Saúde do Estado, Gilberto Figueiredo, são claros em afirmar o que todos já sabem: a terceira onda da doença já se instalou no Mato Grosso e, mais uma vez, a covid-19 começa a atingir estágios de contaminação, mortes e ocupações em leitos alarmantes. De acordo com o supracitado Boletim epidemiológico, 25 municípios se enquadram como locais de risco muito alto” para a contaminação por covid e todas as demais cidades se classificam como locais de ‘risco alto’ para a contaminação.

Os dados apresentados acima deveriam ser suficientes para assegurar o não retorno presencial de aulas para qualquer pessoa bem pensante. Não é o que acontece com o governador Mauro Mendes e seu secretário de educação, Alan Porto. Em meio à terceira onda catastrófica do covid, sem vacina e com a ocupação crescente de leitos em hospitais, os gestores dizem que este é o momento certo para o retorno presencial das aulas.

Mesmo com a situação caótica, a portaria 333/2021, publicada pela Secretaria de Educação, previa o retorno ao trabalho presencial de todos os profissionais da educação, excetuando os casos de comorbidades previstos em lei. E em seguida, o retorno presencial dos alunos, a partir do dia 7 de junho. Nada disso está oficialmente mudado, apesar de algumas mídias estaduais apontarem mudanças na estratégia genocida do governo. Entretanto, sabemos que boatos midiáticos não são publicações em imprensa oficial. Como não se publicou no Diário Oficial do Estado nenhuma revogação à portaria 333/2021, entende-se que nada mudou, as aulas presenciais retornarão em breve, o governo não recuou e a categoria se encontra acuada.

A verdade é que com o aumento fora do controle da contaminação virológica, frente esse embate, a SEDUC lançou nota dizendo que o retorno presencial das aulas, através do chamado ‘ensino híbrido’, não aconteceria nas cidades de ‘risco muito alto’ para a covid-19. Significa que em todos os demais municípios, as aulas podem retornar, sem vacina, para assim assegurar o avanço da contaminação e possibilitar a uniformidade entre as cidades: uniformemente em colapso, garantir que todos atinjam o chamado “risco muito alto” para a doença.

Como reação a política de morte praticada contra os profissionais da educação, os alunos e os familiares dos alunos, a direção do SINTEP-MT deveria organizar a categoria para o embate. Deveria escutar o clamor das bases sindicais, impor a vacinação de todos como condicionante ao retorno presencial com segurança e organizar a greve para assegurar esta pauta central, caso o governo não a cumpra e, ao que tudo indica, não a cumprirá.

Entretanto, o que a direção do SINTEP faz é transformar palavra de ordem “retorno apenas com vacina” em algo inócuo, pois afinal, com a cartada da portaria 333/2021, não houve vacina, mas ocorreu retorno presencial de muitos profissionais da educação às escolas e, caso a portaria 333/2021 não seja revogada, em poucos dias haverá retorno presencial também dos alunos em várias cidades. E tudo isso sob os olhos conformados da direção sindical que, de algum modo inexplicável, diz perceber o recuo de Mauro Mendes e Alan Porto.

A verdade é que Mauro Mendes e Alan Porto estão, mais uma vez, atacando educadores e alunos como nunca e mesmo assim esta direção sindical aposta na ‘bondade’ ou no ‘bom senso’ do governador que já demonstrou exaustivamente ser o inimigo número um da educação no estado do Mato Grosso. O mesmo governador que abandonou funcionários contratados passando fome em meio a uma pandemia. Quem destruiu o plano de carreira dos educadores e enterrou a 510, a lei de dobra de compra. Este governador certamente não se sensibilizará com pedidos de clemência vindo das direções sindicais, até porque esta não é a função de uma direção sindical. Sua função primordial é organizar as bases para momentos de grandes embates.

Os educadores precisam estar preparados, pois os próximos dias serão de muita luta por sobrevivência. É fato que diante do exposto, a categoria deve estar presente nas deliberações sindicais. Deve se filiar ao sindicato, comparecer aos conselhos de representantes, pedir voz nas assembleias gerais do SINTEP, se fazer presente. Seguir o lema “estar presente para deliberar” e pressionar essa direção para ter atitudes mais contundentes contra os ataques de Mauro Mendes.

É preciso lembrar, inclusive a dirigentes do Sindicato, que Mauro Mendes não se compadece com o sofrimento do povo, nem tem bom senso no trato com a doença. Portanto, comparar Mauro Mendes e Alan Porto, como se o primeiro fosse sensato e o outro insensível parece ingenuidade ou mau caratismo mesmo. Alan Porto é o braço do governo na SEDUC e está fazendo exatamente o que seu patrão, Mauro Mendes, quer: chamar a população, isto é, profissionais da educação e estudantes para o campo de concentração, para se contaminarem e morrerem.

Mendes, do DEM, é um bolsonarista, empresário, capitalista que busca apenas lucro através da exploração dos mais pobres. É indiferente aos danos, aos óbitos, às perdas humanas que essa doença pode causar nas famílias dos alunos e dos profissionais da educação. Neste sentido, reforçamos que apenas atitudes mais combativas podem parar este governador e suas políticas. É preciso assegurar, através da greve, que o retorno presencial das aulas só acontecerá mediante vacina para todos.

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