Da redação – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, disse nesta terça-feira (06) que o impeachment da então presidenta Dilma Rousseff e a prisão do ex-presidente Lula, bem como outras perseguições políticas que estão ocorrendo no País, ocorreram em “total respeito à Constituição e às leis”.
No mesmo discurso, em evento sobre os 30 anos da Constituição Federal, ele afirmou que defende a reforma da previdência e o aumento da repressão ao povo com o fortalecimento da segurança pública de de operações supostamente contra o crime organizado.
Dias Toffoli tem, oficialmente, como assessor, o general Fernando Azevedo e Silva, um dos comandantes do Exército, que foi implantado no STF pelos militares para controlar a instituição. Na prática, o general é quem manda no STF, sendo o ministro apenas um boneco de ventríloquo que diz e faz o que os militares mandam.
Recentemente, Toffoli também disse que o golpe militar de 1964, que instaurou a mais brutal ditadura da história da República e que durou 21 anos, de “movimento de 1964”. Essa fala foi, claramente, reflexo da intervenção militar no Supremo.
A Constituição Federal, ao contrário do que diz Toffoli, foi violentamente rasgada com o golpe de 2016 que derrubou Dilma, e despedaçada com a prisão ilegal de Lula. Os militares tiveram papel preponderante em todo esse processo, e por isso Toffoli diz que foi algo absolutamente normal, defendendo os interesses de seus manipuladores.