O presidente do Clube Militar, general de divisão de Exército Eduardo José Barbosa, divulgou uma nota em que atacou o ato de anulação dos processos contra Lula no âmbito da Operação Lava Jato de Curitiba. Segundo o militar, “lugar de ladrão é na cadeia” e “novos processos em outras varas são uma artimanha grotesca para que o meliante fique definitivamente livre”.
O general é um destacado apoiador do presidente fascista Jair Bolsonaro (ex-PSL, sem partido). Eduardo José também publicou um texto no site do Clube Militar que fala abertamente em ruptura institucional e golpe militar no Brasil.
“O STF feriu de morte o equilíbrio de Poderes, um dos pilares do regime democrático e da paz política e social. A continuar nesse rumo, chegaremos ao ponto de ruptura institucional e, nessa hora, as Forças Armadas serão chamadas pelos próprios poderes da União, como reza a Constituição”.
As declarações dos militares esclarecem que as Forças Armadas, um dos pilares do golpe de Estado de 2016 e da Fraude eleitoral de 2018, vetam a possibilidade de Lula ser candidato nas eleições presidenciais de 2022. Mais de 8.000 militares da ativa e da reserva das Forças Armadas ocupam cargos civis no governo federal.
Em diversas ocasiões, os militares ameaçaram o país com um golpe e instauração de uma ditadura fascista, que se dedicará a assassinar, torturar, desaparecer com pessoas, ocultar cadáveres de opositores políticos de esquerda. Para isto os militares treinam nos quartéis desde 1964.