A família de Ray Pinto Faria, de 14 anos, acusa a Polícia Militar pelo assassinato do adolescente. De acordo com familiares, Ray estava no portão de casa jogando no celular quando foi abordado por policiais militares que realizavam operação no Campinho, na Zona Norte do Rio. Os agentes levaram o adolescente, mias tarde a mãe do garoto o encontrou sem vida no hospital Salgado Filho. O corpo tinha marcas de tiro.
De acordo com um primo de Ray Pinto Faria, “Por volta das 5h40 da manhã, ele estava jogando na porta de casa no telefone dele. Não tinha nada demais. O Ray não estava armado, não tinha rádio, não tava nada. Ele estava apenas sentado pegando o wi-fi”, disse o primo que contou ainda que questionou os policiais presentes na comunidade, que negaram ter levado alguém com as características de Ray.
“Na UPA de Campinho, um maqueiro que nos informou que três pessoas feridas de um confronto policial deram entrada no Salgado Filho. Quando eu fui reconhecer o corpo, vi que ele estava com dois tiros, um no abdômen e outro na coxa”, contou um primo de Ray.
O assassinato do garoto gerou revolta nos familiares e amigos, que protestaram na Avenida Ernani Cardoso. Durante o ato, policiais intervieram e levaram alguns manifestantes que segundo eles teriam atacado um ônibus. Moradores da região também acusaram policiais de terem retirado câmeras de segurança de uma padaria e que teriam filmado à abordagem aos manifestantes.