Da redação – Garis do Rio de Janeiro denunciaram que estão sem os equipamentos básicos de proteção para realizar seu trabalho de limpeza. As denuncias dão conta de que não só há falta de equipamentos para lidar com a pandemia do coronavírus, mas que até mesmo os equipamentos que já deviam fazer parte da rotina dos trabuladores em tempos normais estão em falta, como é o caso de uniformes, calçados e sabão.
Os funcionários da Comlurb, empresa do ramo da limpeza que vem sendo desmontada nos últimos anos e que enfrentou forte resistência dos trabalhadores contra sua privatização, incluindo as greves que ficaram famosas em 2014, tem de utilizar uniformes e calçados próprios, pois em alguns casos há mais de três anos que não recebem os equipamentos.
Além dos uniformes, há falta de sabão, produto básico para a higienização pessoal dos garis, mesmo fora dos tempos de coronavírus. Porém, ainda há falta de máscaras, álcool em gel e até mesmo papel toalha.
Enquanto isso, como é de costume, a Comlurb nega que isso seja verdade, como se os garis optassem por utilizar os próprios sapatos e roupas enquanto trabalham. A empresa também alega que as máscaras e o álcool em gel não são produtos que constam na lista dos equipamentos de proteção individual (EPI) dos garis, demonstrando o descaso com sua saúde durante a epidemia.
Isso tudo só demonstra que não devemos ter confiança nos governos estaduais e federal, nem mesmo nas prefeituras, pois o cuidado com a saúde da classe trabalhadora não é um dos objetivos dos políticos burgueses, que só governam em prol dos ricos capitalistas na tentativa de fazer com que não percam dinheiro durante a crise.
A esquerda não deve fazer nenhuma aliança com a burguesia. Muito menos levar a política por ela indicada. Ficar em casa não é uma possibilidade para os garis, ao contrário da pequena burguesia. Os garis devem realizar um amplo movimento reivindicatório, parando suas atividades até que suas demandas sejam cumpridas, realizando uma greve e tomando as sedes da Comlurb. Não é justo que os garis morram ou fiquem doentes enquanto os capitalistas são salvos pelo estado.