Índios da Terra Indígena Kayapó, da região de Cumaru do Norte no Pará, denunciam a agressividade da atividade de garimpos na região, dentro e nas proximidades da Terra Indígena.
Os caciques das aldeias da região denunciam constantes explosões para exploração das jazidas de manganês, a atividade intensa de desmatamento e fluxo de caminhões carregados com o minério, atividades que resultaram na destruição das fontes de água, onde os rios estão cheios de lama e contaminados por produtos químicos e a fauna simplesmente desapareceu por conta das explosões.
A atividade que vem crescendo desde 2014, se intensificou com a concessão de lavra do governo federal a empresas, primeiro com a mineradora Irajá, que explorou a região até 2019, atualmente a concessão pertence à Buritirama Mineração.
As lideranças indígenas já entraram com ação civil pública na justiça em 2019 para interromper a exploração, mas a ação foi negada, pela justiça aliada da burguesia, que entendeu que o instituto Kenourukware Kayapó “não teria legitimidade para representar todos os indígenas”. A situação também já foi constatada pela Funai em 2019, produzindo relatório sobre a atuação destrutiva dos garimpeiros.
A mineração altamente destruidora, legalizada ou não, é apoiada pelo governo do Estado, de Helder Barbalho (MDB) e, é claro, pelo governo do ilegítimo Jair Bolsonaro, um dos maiores impulsionadores da devastação ambiental no país.