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Fux “deu alta” para Queiroz: Estado controlado pela direita encobre corrupção da direita, assim como na ditadura militar

Antes do mandato de Jair Bolsonaro começar, uma história mal explicada sobre dinheiro e corrupção já manchava seu governo. O filho do golpista na Presidência, Flávio Bolsonaro, senador eleito e deputado estadual no RJ, tinha um assessor parlamentar chamado Fabrício Queiroz. No final do ano passado, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) identificou uma movimentação atípica de dinheiro por parte de Queiroz. O assessor de Flávio Bolsonaro tinha movimentado R$ 1,2 milhão no período de um ano, ganhando menos de R$ 25 mil por mês.

A movimentação incluía cheques para a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e dinheiro movimentado entre as contas de Fabrício e colegas seus do gabinete de Bolsonaro, geralmente próximo da data de pagamento de salários desses funcionários. Uma história muito difícil de explicar.

 

Queiroz some e aparece na TV

Para tentar explicá-la, Queiroz teve já pelo menos duas chances, ao ser convocado pelo Ministério Público para depor. No entanto, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro não compareceu. Queiroz sumiu e deixou o caso nas sombras. Depois do sumiço, ele apareceu para falar em uma entrevista no SBT, emissora que apoia Bolsonaro.

Durante a entrevista, Queiroz tentou vender o relato de que teria movimentado muito dinheiro por ser um empreendedor que vendia carros usados. Queiroz também afirmou que não havia comparecido ao MP por problemas de saúde, e chegou a divulgar fotos dele deitado em um leito no hospital Albert Einstein, em São Paulo.

 

Fux, Flávio e o foro

A explicação para a movimentação do dinheiro, no entanto, ficaria para ser ouvida pelo  MP. Pelo menos é o que se esperava até ontem (17). Ontem Flávio Bolsonaro pediu para o ministro do STF Luiz Fux suspender as investigações sobre o caso. Bolsonaro alegou que isso deveria ser feito por causa de seu foro especial por prerrogativa de cargo. Fux admitiu o pedido e suspendeu as investigações.

 

E o combate à corrupção?

Entre a entrevista no SBT e o pedido de Flávio Bolsonaro aceito por Fux, Queiroz apareceu em um vídeo dançando no hospital, parecendo estar bem mais saudável do que tinha tentado sugerir na foto. Com a decisão de Fux, a saúde de Queiroz deve estar muito melhor, e ele já nem precisará tirar fotos dentro de hospitais para se livrar do MP. Dr. Fux deu alta para o paciente Queiroz.

Este caso grotesco demonstra mais uma vez que o “combate à corrupção” nunca quis dizer nada de sério. Sempre foi apenas demagogia e uma campanha de propaganda para a direita atacar a esquerda e realizar uma perseguição judicial com ajuda da imprensa.

Além disso, mostra que as instituições estão unidas em torno do governo Bolsonaro.

A lei não vale para garantir os direitos de quem precisa se defender do Estado, ao mesmo tempo não vale também contra a direita que tomou conta do Estado.Mostra que o Judiciário é bolsonarista e está tomado pela direita golpista. Portanto, diante desse quadro, a esquerda obviamente continuará sendo perseguida, enquanto os crimes da direita são encobertos. Ficou demonstrado também, diante da atual geração, como era tratada a corrupção durante a ditadura. As investigações não prosperam, e sabe-se lá o que poderá acontecer com quem venha a denunciar casos de corrupção no futuro.

Se não se podia confiar nas instituições para que os direitos de pessoas de esquerda prevalecessem, menos ainda pode-se confiar nas instituições para que a direita seja derrotada. O Judiciário tem um lado, que ficou escancarado nesse caso. Contra o governo Bolsonaro é preciso ter mobilização: fora Bolsonaro!

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