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Farsa do ensino à distância

Futuro será o EAD? Burguesia quer destruir o ensino

A medida tomada pelo governo de Bolsonaro deve ser combatida por meio de uma grande mobilização da juventude e dos professores contra  EAD, contra a volta às aulas na pandemia

Com o fechamento das escolas por conta da pandemia do novo corona vírus, o ensino a distância (EAD), também visto como o caminho para a privatização do ensino pública nacional, foi a forma indicada pela burguesia golpista para minimizar o impacto negativo da pandemia sobre o setor.

Porém, e ainda mais neste momento, a decisão pelo EAD não deve ser analisada a partir de uma perspectiva de “medida emergencial” em defesa da pesquisa e da educação, mas sim, a partir de um olhar amplo sobre os ataques dos governos estaduais e federal contra a educação, que vêm diminuindo a qualidade de ensino, realizando cortes e deixando a educação em situação precária há anos.

Ferramentas dessa natureza são muito utilizadas em cursos não presenciais, pois aumentam a interatividade na relação professor-aluno (ou aluno-aluno). Porém, o que poderia contribuir mais para a humanidade, com o aumento da interatividade dentro das pesquisas científicas, que são muito duvidosas hoje em dia, exatamente por conta da burguesia que  dentro do atual sistema capitalista em decadência as direciona de acordo com seus interesses sórdidos  em busca dos lucros. Isto leva ao aumento da baixa qualidade, quantidade de conteúdos e onde o tal desenvolvimento científico passa bem longe.

Atualmente o EAD pode ser considerado como consolidado no Brasil. São mais de 1.800 cursos, desde o ensino fundamental até a pós-graduação,  chegando até quatro milhões de pessoas. Cursos predominantemente a distância, com encontros presenciais obrigatórios, cursos semipresenciais, que promovem encontros semanais, e disciplinas a distância de cursos de graduação presenciais, são alguns dos exemplos desta modalidade.

A Universidade de São Paulo, por exemplo, atendeu prontamente à Portaria Nº 343, de 17 de Março de 2020, que autorizou a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais. Contudo, sem levar em consideração a frágil condição socioeconômica de muitos estudantes, a partir da liberação da Reitoria tucana, vários cursos passaram a funcionar a partir de duas plataformas digitais da universidade. E aqui, estamos falando a principal universidade do pais, logo, o que será que acontece no mais baixo nível de ensino do povo? O resultado disso são estudantes sem acesso, ou com acesso precário à internet e que além disso não possuem computador pessoal, ignorados pela burocracia universitária, impregnada por interesses na privatização do ensino e que expressam claramente o que de fato está acontecendo neste exato momento.

Outro exemplo as aulas online em BH desafia pais e alunos que não têm sequer internet, onde mais uma vez se expressou a preocupação da burguesia em convencer o povo da necessidade do regresso, e mais ainda, aprofundando a campanha contra a Rede Pública de ensino através do EAD. De forma cínica o governo e a imprensa burguesa demonstram uma suposta preocupação com a educação dos jovens, com relato de duas crianças que dizem estar morrendo de saudade da escola, porém, sem vacina e estrutura mínima para voltar às aulas. Contudo, não existe estrutura para as crianças mais pobres completarem as etapas de aprendizado mais básico, sem Internet, computador e celulares ou tablets.

Em uma pesquisa divulgada em 2019, se evidenciou que 58% dos domicílios no Brasil não têm acesso a computadores e 33% não dispõem de internet. Entre as classes mais baixas, o acesso é ainda mais restrito.

Assim sendo, é fácil para a burguesia  dizer que crianças convivem com internet, com computadores, que elas são letradas na realidade virtual, porém, escondendo que essas crianças são de classe média. As mais pobres mal tem acesso a comida neste país tomado por golpistas e fascistas.

Os próprios números mostram que o EAD é uma farsa, uma destruição da educação e impede boa parte da população de ter acesso a ela. Desde o início, o EAD foi a porta para a volta às aulas presenciais, com o genocídio que estamos vendo ser feito no mundo e em nosso país.

Tendo essa situação em mente, a juventude deve dizer não ao Ensino à Distância. A medida tomada pelo governo de Bolsonaro deve ser combatida por meio de uma grande mobilização da juventude e dos professores contra  EAD, contra a volta às aulas na pandemia e pelo Fora Bolsonaro.

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