O futebol feminino no Brasil, apesar de estar cheio de grandes destaques, ainda conquista pouca atenção da imprensa burguesa, mas mesmo essa falta de reconhecimento não impede que os times femininos brilhem em campo. Nesta segunda-feira (28), aconteceu a final da Libertadores, no estádio Olímpico Atahualpa, em Quito, no Equador, onde os times femininos do Ferroviária e Corinthians finalizaram o campeonato, com o timão vencendo por 2×0. Depois dessa vitória, o time feminino do Corinthians se tornou bicampeão da Libertadores feminina.
Mesmo com o timão dominando a maior parte do jogo, os dois gols que levaram o time a conquistar a taça só foram marcados no segundo tempo, as autoras dos lances são Giovanna Crivelari e Juliete. Ainda assim, o Corinthians conseguiu mostrar porque está há 43 partidas sem derrotas, sendo que dessa vez até os pênaltis foram evitados. Mesmo com toda a dificuldade que o futebol feminino enfrenta, com patrocínio, visibilidade, etc., as jogadoras continuam a todo vapor lutando pelo seu espaço.
Ainda nos 10 minutos do primeiro tempo, a meio-campo Tamires, principal articuladora do timão, quase teve um gol finalizado, mas a jogada foi anulada por impedimento. O primeiro gol veio aos 34 minutos do segundo tempo, depois de um passe para Crivelari, que finalizou a jogada mandando a bola pro gol. Aos 45 minutos do segundo tempo, Juliete pegou o passe de Vic Albuquerque e colocou, de fato, o time como campeão da Libertadores feminina.
O futebol feminino ainda tempo muito o que crescer, se desvencilhar dos grandes monopólios que controlam o futebol brasileiro em geral e que dá mais visibilidade aos times masculinos, por parecer mais “rentável”. Muito desse apagamento dos jogos femininos vem da posição da mulher na sociedade capitalista, que constantemente é posta como frágil, sensível, responsável pelos afazeres doméstico e trabalhos leves. As jogadoras estão de parabéns, já que com tantas dificuldades, ainda conseguem levar seus times pra frente.