Sem diálogo com os petroleiros em greve, sem perspectiva de solução para um movimento que completava mais de 20 dias de paralisação e com estoques de combustíveis em níveis críticos, o presidente Fernando Henrique Cardoso determinou a ocupação pelo Exército de quatro refinarias da Petrobras para tentar garantir a retomada da produção, assim era noticiada a ultima grande greve dos petroleiros em maio de 1995.
Em 2018, podemos ter novamente uma grande greve dos petroleiros, que foi aprovada por 90% da categoria em assembleias. Os petroleiros também aprovaram um manifesto público em defesa da soberania, pela democracia e contra a prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Um dos objetivos do golpe Estado é o desmonte de toda a estrutura das empresas estatais no Brasil, para viabilizar sua privatização e matar a sede do imperialismo pelos recursos naturais de nosso país.
Há única maneira de se opor a tudo que esta acontecendo é a mobilização dos trabalhadores, os petroleiros em 1995, deram o gosto amargo à Burguesia de sua força. Impreterivelmente a situação exige a atuação dos trabalhadores de maneira enérgica para evitar o maior ataque visto na historia da Petrobras e dos direitos dos trabalhadores em geral em nosso país.
A Petrobras, através de um governo golpista, teve mais de 30 ativos da empresa privatizados. Já foi entregue aos patrocinadores do golpe campos valiosos do pré-sal, redes de gasodutos do Sudeste e do Nordeste, termoelétricas, sondas de produção, usinas de biocombustíveis, distribuidoras de gás, além de participações no setor petroquímico.
A privataria não para por aí. Outros ativos estratégicos da Petrobrás também foram postos à venda, como 71 campos de produção terrestre, 33 campos de águas rasas, três campos de águas profundas, a subsidiária de biocombustíveis (PBio) e a Transportadora Associada de Gás (TAG).
Para evitar a destruição total da empresa, a mobilização e a greve dos trabalhadores contra a prisão de Lula e golpe de Estado está na ordem do dia.