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Cultura e censura

Funkeiro reage após tentativa de censura por deputado do PSL

Funkeiros MC Cabelinho e MC Maneirinho viram alvo da polícia a pedido de deputado bolsonarista

Na última quinta-feira (29) o cantor Diogo Rafael Siqueira, MC Maneirinho e Vitor Hugo Nascimento, MC cabelinho, foram chamados a prestar depoimento em uma denúncia feita por um deputado bolsonorista, Rodrigo Amorin (PSL-RJ), acusa os jovens por suposta “apologia ao crime” nas letras de suas músicas. MC cabelinho é um dos funkeiros em maior ascensão do momento e intérprete do personagem Farula na telenovela “Amor de Mãe” (Globo).

Os funkeiros viraram alvo da polícia a pedido do deputado, que em um palanque junto a outros dois fascistas quebraram uma placa em homenagem a Marielle Franco no Rio de Janeiro, às vésperas das eleições fraudulentas de 2018. A tentativa de intimidar e censurar os artistas é um resultado claro do estado ditatorial policialesco e conservador que vem tomando conta do país após o golpe de estado de 2016.

Em nota MC Maneirinho lembrou de outros funkeiros que também sofreram perseguição arbitrária e politica como o caso do DJ Rennan da Penha e o MC Poze do Rodo, ambos acusados de associação ao tráfico. “Se isso não é perseguição ao funk, o que é? E não começou hoje. Podem ter certeza que, até onde puder, eu vou continuar fazendo a minha música assim. Prenderam Rennan da Penha e querem me prender. Vão querer prender todo o favelado que consegue espaço e reconhecimento na sociedade.”

Em suas redes sociais MC Cabelinho desabafou, “Não vão me calar! Hoje eu vim prestar depoimento na delegacia, fui intimado porque tão me investigando por “apologia ao crime”, uma denuncia politica, feita por um deputado do PSL, é impressionante como preto e favelado quando faz sucesso pra essa gente só pode ser bandido.” Cabelinho diz que virar bandido ou traficante é o mesmo que assinar um sentença de morte, mas que na maioria das vezes, “…é quem não aguenta mais ver sua mãe sendo humilhada pela patroa, o filho passando fome, o pai morrendo na fila do SUS…”

Além de sua indignação, Vitor Hugo também denunciou a realidade de negros e pobres nas favelas brasileiras, e questionou sua liberdade de expressão, “Nasci em comunidade, cresci em comunidade, tráfico, a morte e o medo me cercam desde que eu era moleque. O estado nunca me deu nada, pelo contrário, patrocina a décadas o genocídio de meu povo, da onde eu vim, existe uma ‘Agatha’ e um ‘João Pedro’ não noticiados por semana.” E acrescenta, “agora quer que eu cante sobre o que? fale sobre o que? alegando que suas letras são o retrato do que viu e viveu, “o cotidiano violento da vida de todo morador da comunidade…” 

A perseguição a funkeiros, MC’s e DJ’s negros e da favela não é de hoje, são dezenas de jovens presos e algumas vezes assassinados. As acusações são praticamente as mesmas, pequenos portes de drogas, “apologia ao crime” e “associação ao tráfico”. O que fica claro é que ultimamente a situação contra os artistas que levam a cultura do funk, do Rap, do subúrbio e das periferias, para os palcos e para as grandes plataformas de música estão sendo ainda mais atacados sob o governo militar e fraudulento de Bolsonaro que tomou de assalto o poder no Brasil.

A situação dos marginalizados fica ainda mais crítica quando se gente vê a esquerda pequeno burguesa junto com a direita histérica pedindo mais punição, aumento de penas e o lixamento moral nas redes, contra pessoas que cometem crimes que não são considerados hediondos. E julgados através desse judiciário golpista e racista brasileiro, já se percebe quem serão os alvos da política de encarceramento em massa do estado burguês. Sempre vai atingir em cheio a população pobre e negra do país.

A política correta e concreta a ser seguida por qualquer pessoa que se considere de esquerda e a favor da população dever ser pelo desencarceramento em massa, fim do presídios, fim da polícia militar e liberdade de expressão total e irrestrita.

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