Da redação – O Sindicato de Metalúrgicos de São José dos Campos anunciou que os funcionários da Embraer irão entrar em greve nesta terça-terça (24), por tempo indeterminado. Essa é a primeira paralisação da fábrica nos últimos cinco anos, o que em si revela uma paralisia da direção do sindicato controlada pelo PSTU-Conlutas. A convocação da greve se dá pela pressão da base trabalhadora, muito insatisfeita com a situação da Embraer.
Os funcionários protestam em torno do aumento de salário dos fabricantes de aeronaves e o aviso sobre a greve já havia sido protocolado na última sexta-feira (20) na Federação das Indústrias do estado de São Paulo (Fiesp), representante patronal do setor aeronáutico. Os funcionários da Embraer, que decidiram acertadamente pela greve, reivindicam um reajuste salarial de 6,37% correspondente à inflação e mais 3% de um aumento real, uma mixaria proposta pela direção do PSTU.
Apesar da empresa negar que haja paralisação, como diz um trecho da nota oficial “todas as áreas produtivas e administrativas da unidade estão operando com cerca de 80% de suas equipes. Esta manhã houve um bloqueio feito pelos representantes do sindicato aos principais acessos dos funcionários à Empresa, atrasando a entrada de carros e ônibus do primeiro turno assim como do turno administrativo, o que foi garantido somente com a chegada da Polícia Militar”, os trabalhadores seguem em greve por tempo indeterminado.
Ainda durante a Assembleia para decidir a adesão ou não à greve, a empresa acionou a Polícia Militar para que os trabalhadores pelegos pudessem ir trabalhar normalmente, no meio da ação, a polícia chegou a jogar gás de pimenta nos sindicalistas que para que se dispersassem.