O PSL (Partido Social Liberal) que tem como protagonista o direitista Jair Bolsonaro, já está sangrando. Um resultado da crise política generalizada da burguesia e do regime golpista.
No bloco geral da burguesia, as contradições estão acentuadas e justamente por isso um representante do “baixo clero”, Jair Bolsonaro, conseguiu ganhar o apoio unitário contra outros políticos mais alinhados com o imperialismo (setor mais forte), como Marina Silva e Geraldo Alckmin, que participaram das eleições.
A crise, entretanto, é refletida internamente nas brigas envolvendo os políticos direitistas do próprio PSL que se elegeram para o parlamento brasileiro. A situação de um verdadeiro cortiço da política golpista, como não podia deixar de ser com a extrema-direita, composta pela escória da sociedade.
Joice Hasselmann, por exemplo, já entrou em confronto de baixíssima qualidade com o filho de Jair Bolsonaro, Eduardo. O fato novo que aparece é o futuro deputado do partido, Alexandre Frota, que está preocupado com o desmanche do PSL, declarando na imprensa golpista que o mesmo só pode sair da crise se o líder for estabelecido na “porrada”.
A crise do PSL demonstra que o partido de Bolsonaro, como seu governo, é um improvisado arranjo com todo tipo de político burguês oportunista e mau-caráter, o baixo clero da política burguesa que compõe a extrema-direita.
Não se trata de acreditar que o governo Bolsonaro já nasceu fraco e que ele irá cair sozinho, como acredita um setor da esquerda. Muito pelo contrário, apesar da unificação da burguesia em torno de Bolsonaro refletir uma determinada crise, a força do governo Bolsonaro só poderá ser estabelecida com a luta política concreta.
Por isso é hora de intensificar as mobilizações contra o futuro governo Bolsonaro, aproveitar a crise política criada pelos bolsonaristas, e impulsionar a palavra de ordem “Fora Bolsonaro e todos os golpistas” em todas as ruas de todas as cidades do Brasil.