Da redação – Conforme dados do Observatório Digital de Segurança e Saúde no Trabalho (ODSST), órgão do Ministério Público do Trabalho (MPT), Uberlândia, cidade do triângulo mineiro, ocupa o 20º lugar em relação aos acidentes e doenças do trabalho.
Os dados são de 2012 a 2018, a maior parte dos registros foi no setor industrial de frigoríficos.
De 2012 até 2018 foram 24.295 comunicações de acidentes em Uberlândia, deste montante 14% foram na indústria frigorifica. Somente no ano passado foram 3.381 acidentes de trabalho no município, segundo a unidade regional do Ministério do Trabalho. O município também registrou 12 acidentes fatais, dos quais oito aconteceram durante o trabalho e quatro durante o trajeto de casa para o trabalho, ou vice-versa. Entre as mais de três mil ocorrências, 13 envolveram menores de 18 anos.
O descaso dos patrões com a total falta de proteção e segurança dos trabalhadores é a principal causa de tamanha tragédia em Uberlândia e as consequências são de ferimentos como cortes, lacerações, feridas contusas e puncturas representam 19% dos acidentes, seguido por fraturas (18%) e contusões e esmagamentos (16%).
Apesar de os dados serem alarmantes em apenas uma cidade, em um País com mais de 5.500 municípios, esses números podem ser assustadoramente maiores, uma vez que os patrões procuram ocultar a maioria das ocorrências, não fornecendo o Comunicado de Acidentes do trabalho (CAT) ou até mesmo, acidentes de grandes proporções, como o vazamento de amônia que ocorreu no frigorífico BRF – Brasil Foods, desta mesma cidade, os moradores ao começarem sentirem mal estar, por conta do gás que se espalhou pelos bairros vizinhos à fábrica, pediram socorro dos bombeiros, o que deveria ter sido feito pelos responsáveis pelo frigorífico.