Este mês é a data base dos trabalhadores nas indústrias de carne, derivados e do frio no estado de São Paulo, no entanto, os patrões estão ignorando a campanha salarial, uma vez que, a pauta já foi entregue desde foi início de outubro, ja se assaram 20 dias e até agora não houve nenhuma reunião de negociação.
Apesar do setor industrial de frigoríficos ter obtido, durante todo o ano, altíssimos lucros, os patrões sempre insinuam que estão esperando que seja apresentado o índice inflacionário referente ao mês de outubro, quando fecha o ano e que é considerado, somente para os trabalhadores, como base de cálculo a inflação manipulada de novembro de 2019 até outubro de 2020.
No entanto, o ultimo índice manipulado do governo golpista do fascista Bolsonaro já foi divulgado e, não há nenhum motivo para demorar a iniciar-se as negociações, mesmo porque, já estamos chegando ao final de novembro, data base da categoria dos trabalhadores em frigoríficos.
Os produtos alimentícios relacionados aos frigoríficos, como a carne bovina, suína e de frangos, bem como, todos os embutidos, como linguiça, salsicha, mortadela, presunto e demais produtos processados tiveram reajustes que ultrapassaram os dois dígitos. Há exemplos de produtos que foram reajustados em mais de 25% durante o ano.
Os balanços apresentados na imprensa representam lucros astronômicos. Um desses casos foi o que apresentaram os frigoríficos do grupo JBS/Friboi. No terceiro trimestre, o lucro líquido desse grupo foi de R$ 3.123 bilhões, mais de 778% em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior, de 2019, no segundo trimestre o lucro foi ainda maior, ou seja, R$ 3.379 bilhões apesar dessa situação, os patrões chorões, se negam a realizar qualquer negociação. Isso tudo, em meio à pandemia do coronavírus.
Os trabalhadores já esperaram um ano sem que houvesse qualquer reajuste salarial, enquanto os patrões vem cada vez mais, aumentando o volume de dinheiro em suas contas bancárias. É hora dos trabalhadores receberem o reajuste, fruto de seu suor.
Os trabalhadores lutam por:
Reposição das perdas salariais de 48%, o correspondente ao período confiscado pelo governo FHC, os três anos em que operários recusaram em assinar o rebaixamento da pauta;
Redução na jornada de trabalho para 35 horas semanais, sem redução nos salários;
Salário mínimo de R$ 5.000,00;
Cesta Básica de 45 quilogramas;
Convênio médico gratuito para todos os trabalhadores e sua família;
Os trabalhadores exigem seja discutida a situação dos trabalhadores, quanto às condições de saúde e segurança no trabalho, diante da pandemia do coronavírus, onde a situação é de verdadeira tragédia. São mais de 200 mil trabalhadores contaminados em todo o país, bem como enorme número de mortos, devido ao descaso dos patrões, no estado de São Paulo a situação não é diferente.
Os trabalhadores exigem a abertura das negociações imediatamente, chega de enrolação.
O sindicato dos trabalhadores nas Indústrias de Carne, Derivados e do Frio no estado de São Paulo está percorrendo as regiões e debatendo com os operários, nas portas das fábricas sobre os encaminhamentos da assembleia, com o boletim Faca Afiada e demais materiais da campanha.