Aproveitando-se da situação de crise por conta do Coronavírus, grandes frigoríficos exportadores estão dando férias coletivas aos trabalhadores e até fechando fábrica.
Conforme informações dos jornais da burguesia, como o Estadão e difundido por todos do Partido da Imprensa Golpista (PIG), dentre eles Uol, Valor Econômico, etc., tanto a JBS/Friboi, quanto Minerva, esses frigoríficos estão dando férias coletivas ou fecharam fábrica, como fez o Marfrig no Uruguai.
O JBS/Friboi, que recentemente estava soltando rojões pelo fato de poder aumentar as exportações para a China, um dos países que mais importa produtos dos frigoríficos do Brasil, bem como, o mercado europeu, resolveu fechar por 20 dias, de 19 ao nove de março, frigoríficos que tem no país.
Outro exportador, o Minerva anunciou que fecharia as fábricas, a partir do dia 23 de março, para funcionários de quatro de suas dez plantas no Brasil, por conta da pandemia do Coronavírus. Serão paralisadas as fábricas de Janaúba (MG) e José Bonifácio (SP) e duas em Mato Grosso: Mirassol D´Oeste e Paranatinga.
O Marfrig, utilizou uma manobra para fechar uma fábrica inteira, a de Salto, no país vizinho Uruguai, com a alegação de “casos suspeitos” de coronavírus. Onde vão parar esses trabalhadores? E, para completar incluiu na conta uma fábrica no Brasil, onde fechou o frigorifico de Tarumã, cidade do Pará, porém, não há nenhum motivo que ligue o fechamento da fábrica com a situação da pandemia do Covid19. Ou seja, entra tudo no bolo.
Contradizendo a comemoração dos donos dos frigoríficos sobre o aumento da exportação aos países asiáticos, como a China, e os europeus, Antônio Jorge Camardelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) disse que na China o consumo caiu significativamente por conta da pandemia. Na Europa, o mercado está praticamente fechado.
São milhares de trabalhadores nestas condições, portanto, é necessária uma política, juntamente com o conjunto dos sindicatos classistas e de luta, incluindo a Central Única dos Trabalhadores (CUT) para organizar um programa que, em primeiro lugar, garanta os empregos de todos os trabalhadores, que se organizem turnos de trabalho, reduzindo a jornada, sem que seja reduzido o salário, nenhuma demissão dos trabalhadores.