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Agir para não morrer

Frigoríficos e o genocídio de trabalhadores no Paraná

Para não fechar as fábricas por 14 dias, a Coopavel, diante de mais de cinco mil casos de COVID-19 em frigoríficos no Paraná, alegou só existir quatro funcionários contaminados

Após três meses sem sequer dar uma única notícia e/ou providencias para que fossem solucionados os problemas relacionados aos trabalhadores de frigoríficos contaminados pelo coronavírus, somente em junho houve uma manifestação da Secretaria Estadual de Saúde entre outras organizações, bem como, associações das indústrias do setor. Hoje, apesar de os números serem muito subestimados, no estado são perto de cinco mil trabalhadores que testaram positivo, demonstrando o cinismo que lhes são peculiares.

Existem no estado do Paraná, mais de 300 frigoríficos e mais de 100 mil trabalhadores, segundo a agência de notícias do governo. São indústrias de diversos tamanhos, inclusive, que correspondem a mais de 10% do total de operários, com a BRF – Brasil Foods da cidade de Toledo, com mais de 11 mil trabalhadores, por exemplo. Nessa fábrica foram registrados, oficialmente, 1.138 funcionários com coronavírus, bem como, há registros de mortos. Números esses, bastante subnotificados, muito abaixo da realidade.

Em outros municípios, como Cianorte ou Cascavel, existem fábricas com mais de três mil trabalhadores, uma dessas empresas, o próprio prefeito do município de Cianorte, Claudemir Romero Bongiorno, nesse frigorífico, o Ministério Público do Trabalho (MPT) tinha interditado por 14 dias, devido 193 trabalhadores contraírem o COVID-19, porem, no dia seguinte à interdição, o prefeito patrão conseguiu através do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) fazer com que o abatedouro de frango voltasse a funcionar.

A Cooperativa Agroindustrial de cascavel (Coopavel), seguindo o mesmo caminho do prefeito patrão de Cianorte, no caso da Avenorte, diante de mais de cinco mil casos de coronavírus, para justificar o não fechamento da fábrica por 14 dias, alegou que só existiam quatro trabalhadores contaminados, no abatedouro de frango e no abatedouro de suínos juntos. Da mesma forma que o prefeito patrão e genocida conseguiu a não interdição, a decisão tomada através do pedido do MPT, Coopavel conseguiu derrubar a decisão no mesmo dia, pelo mesmo TRT.

A política de ocultar a situação no maior estado exportador de carnes, nesse momento é de todos os municípios que tenham alguma indústria do setor frigorifico, mas também do governador do estado do Paraná Carlos Roberto Massa Junior (Ratinho Jr.), do golpista PSD, que tentaram de todas as formas esconder a tragédia que vinha ocorrendo no setor, onde a vulnerabilidade dos trabalhadores, devido às péssimas condições de trabalho, onde não tem os insumos necessários, como mascaras apropriadas, (nos frigoríficos da JBS/Friboi, os trabalhadores são obrigados a utilizar uma única máscara durante cinco dias direto, distâncias suficientes entre cada trabalhador. Essa atitude genocida dos patrões vem fazendo com que o contágio cresça exponencialmente.

É preciso colocar um freio na situação imposta pelos patrões aos trabalhadores dentro das instalações das fábricas, para tanto, a única medida a ser tomada, deve ser a greve, do contrário, há uma grande possibilidade de todo o conjunto dos operários, senão a maior parte deles venham a ser contaminados, fazendo com que milhares de trabalhadores sucumbam, morram pelas mãos dos escravocratas com total respaldo dos governos e prefeitos dos estados e municípios do país, bem como, com a assinatura, a embaixo do governo federal do fascista Bolsonaro.

Por isso, para sobreviver à pandemia é preciso se organizar contra os patrões e seus representantes no regime, Fora Bolsonaro, Ratinho e todos os golpistas! Eleições gerais!

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