Nesta segunda-feira (26), ocorreu mais uma reunião do Sindicato dos trabalhadores nas Indústrias de Carne, Derivados e do Frio no Estado de São Paulo com os patrões do Setor da Carne, para discutir sobre o acordo coletivo referente ao período de 2018/2019.
Nada avançou, pois os patrões repetiram a mesma proposta miserável da reunião anterior (12/11): o ínfimo percentual de 4%, que os trabalhadores rejeitaram, considerando como uma provocação, depois de um ano sem reajuste salarial, em que o custo de vida dos trabalhadores mais pobres subiu muito mais.
Apesar dos vultosos lucros conseguidos com o suor e sangue dos trabalhadores, os patrões não estão dispostos a oferecer nenhum centavo aos trabalhadores, pior ainda, querem agravar a situação que já está pra lá de ruim.
Na última assembleia, realizada no dia 14 de novembro, os trabalhadores já decidiram que, se os patrões não alterassem o percentual oferecido anteriormente, dariam a resposta com greve. Dentre as principais reivindicações dos trabalhadores estão:
- um piso salarial de R$ 4.000,00, um salário que contemple as necessidades dos trabalhadores e de suas famílias;
- 39,50% de reposição de todas as perdas salariais, desde o governo Fernando Henrique Cardoso;
- redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais sem redução nos salários;
- concessão de cesta básica de 45 kg para todos os trabalhadores;
- garantia de convênio médico gratuito para o trabalhador e toda sua família;
Na próxima quinta-feira (29/11) haverá nova assembleia dos trabalhadores nas indústrias do frio e da carne. É preciso mobilizar contra o golpe dos patrões em tentar rebaixar ainda mais o salário dos trabalhadores. Os representantes do Sindicato dos Frios estão percorrendo as fábricas, nas diversas regiões, para reforçar a mobilização dos operários. Os patrões só entendem a linguagem da força. É desta forma que os trabalhadores darão a resposta aos patrões para conquistar suas reivindicações.