Em sete de março morre Rodrigo Lopez, engolido por uma moedora de carnes no frigorifico Bello Monte, em Itaquiraí, município do estado de Mato Grosso do Sul.
A morte do funcionário não é situação isolada, durante todos os meses do ano, se tem notícias de tragédias com a do operário Rodrigo e, neste caso, conforme Observatório De Olho nos Ruralistas de 23 de abril de 2019, os donos já estiveram envolvidos em questões de acidentes e doenças em outras empresas que comandavam.
De acordo com O De Olho nos Ruralistas Os principais sócios da Bello Alimentos são Roberto Carlos Miotto Ferreira e os irmãos Lauri Francisco Paludo e Adroaldo Antônio Paludo, também sócios da Pluma Agroavícola, produtora de ovos férteis paranaense fundada nos anos 1990.
Adroaldo reúne processos de danos morais referentes à falta de condições de higiene e segurança no ambiente de trabalho.
Em um processo julgado em segunda instância em março de 2018, um funcionário reclama ter trabalhado em um aviário do empresário e de Adriana Maximiliano Paludo removendo aves mortas e outros dejetos sem o equipamento de proteção individual, exposto à possibilidade de contaminação. Fotografias anexadas ao processo mostravam o trabalhador andando sobre as fezes dos animais com suas roupas e calçados de uso diário.
Um outro funcionário do sócio do Bello Frango Roberto Carlos Miotto Ferreira, dono, também em 2013, de um aviário foi morto ao inalar por um longo tempo formol, conforme testemunhas de defesa, as mascaras para proteção eram inadequadas e sequer tinha prazo de validade e, não os funcionários não eram instruídos a trabalhar com o formol.
Apesar do nexo causal, a falta de equipamentos adequados, etc., a “Justiça” negou o direito a indenização à família do trabalhador falecido.
Apesar da propaganda que, invariavelmente é enganosa, os frigoríficos, em sua maioria, inclusive o Bello Frango sempre dizem que há uma preocupação com as questões de segurança e proteção de trabalho, porem é o mesmo que faz o grupo JBS/Friboi de Osasco, o Seara Alimentos, o quadro de avisos sobre a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), nele é raro o registro dos números reais de acidentes, ou seja, para os responsáveis pela divulgação de existência de acidentes, só há uma palavra, qual seja, não há acidentes com afastamento, algo fora da realidade, principalmente pelo fato de que é muito raro não haver acidentes no setor de produção que está em primeiro lugar em acidentes e doenças do trabalho, ou seja, onde, em determinados frigoríficos como os abatedouros, por exemplo, o numero de trabalhadores que tem alguma enfermidade ou sofre acidentes é a sua quase totalidade, chegando a mais de 80%.