O Frigorifico São Sebastião, propriedade do prefeito de Rodrigues Alves, cidade do estado do Acre, região norte do país, foi interditado por irregularidades.
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por intermédio da Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Meio Ambiente da Bacia Hidrográfica do Juruá, conseguiu a suspensão das atividades do frigorífico São Sebastião.
A investigação iniciou depois que o MPAC recebeu reiteradas denúncias envolvendo a disposição de efluentes industriais oriundos da linha vermelha (despejo de sangue in natura nas águas do recurso hídrico existente nas proximidades do Matadouro São Sebastião), sem qualquer tratamento prévio.
Documentos apresentados, entre os quais, o Relatório Técnico de Vistoria nº 28/2019, pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e pelo próprio MPAC, comprovaram que o frigorífico São Sebastião, após falha do sistema de tratamento dos efluentes, começou a lançar resíduos nas águas de um açude localizado a cerca de 200 metros do local.
Um lema dito várias vezes por essa imprensa, de que os patrões não dão a mínima atenção quanto às condições de saúde e trabalho de seus funcionários é o que está sendo relatado pelo Ministério Público do Acre (MPAC), sendo que, os primeiros a sofrerem as consequências da negligência e falta de qualquer atenção e cuidado com as condições das instalações da fábrica são os trabalhadores.
Não é à toa que os trabalhadores deste setor produtivo são, de longe, os mais atingidos pelas péssimas condições dentro da fábrica, por falta de manutenção, que sofram a maior quantidade de acidentes e doenças.
Há uma coisa que os patrões reconhecem e muito bem, no caso do prefeito do partido golpista do MDB, Sebastião Correia, é de que não há nenhuma importância se os trabalhadores se acidentem, adoeçam, ou venham a falecer, desde que suas contas bancárias estejam cada vez mais volumosas.